Durante entrevista a uma rádio na Capital, na manhã desta quinta-feira (24), o deputado estadual, Oscar Bezerra (PSB), negou ter recebido R$200 mil do ex-governador Silval Barbosa, para isentar o nome do ex-governador da CPI que investiga crime de fraudes que resultou em desvios milionários nas obras da Copa de 2014; a maioria ainda hoje inacabadas.
Durante entrevista a uma rádio na Capital, na manhã desta quinta-feira (24), o deputado estadual, Oscar Bezerra (PSB), negou ter recebido R$200 mil do ex-governador Silval Barbosa, para isentar o nome do ex-governador da CPI que investiga crime de fraudes que resultou em desvios milionários nas obras da Copa de 2014; a maioria ainda hoje inacabadas.
Em delação premiada, ex-gestor peemedebista teria contado que, em 2015, se encontrou com o deputado para combinar o pagamento do valor de R$ 15 milhões para que seu nome desaparecesse da CPI. Segundo ele, foram pagos apenas R$200 mil porque em seguida foi preso pela operação Sodoma.
Na entrevista, o deputado negou qualquer recebimento, e ainda classificou as últimas delações do ex-governador como contraditórias. Para ele, o delator busca a inclusão de nomes nas investigações, sem antes, obter provas evidenciais do crime.
Nesta última terça-feira(22), o parlamentar em entrevista ao Site Única News já havia revelado, sobre a delação premiada de Silval, que atacou frontalmente o governador Pedro Taques, sugerindo que teria feito um acordo com o gestor estadual, em 2014, para que se ele ganhasse o comando do Palácio Paiaguás, em troca, não o investigaria.
Para o deputado Oscar Bezerra, o depoimento de Silval é preocupante, uma vez que o ex-governador, usando de seu acordo de colaboração com a Justiça, pode agora sair denunciando qualquer pessoa. Invertendo, sobretudo, o direito constitucional que diz que 'cabe a quem acusa, o ônus da prova'. 'Vejam só, agora é a pessoa acusada que tem que sair correndo, para provar a mentira ou o equívoco do outro'.
O parlamentar ainda sugeriu ao ex-gestor peemedebista, se ele [Silval] tem como comprovar que passou R$200 mil, caso tenha, então que mostre as provas. 'Eu não peguei o dinheiro e se alguém pegou, não fui eu e, nem tampouco, não ficou comigo", afirmou
Quanto ao encontro no estacionamento de um supermercado, o deputado não negou sua existência. Conforme Bezerra, ele foi até a 'reunião' acreditando que o ex-governador gostaria de conversar sobre o pagamento de uma dívida que estava em aberta.
"Quando eu fui me encontrar com ele, achei que queria me fazer uma pactuação da dívida existente, porque ficou pendente. Mas isso não aconteceu. E a conversa era: 'me livra lá do VLT'. Ele, aliás, quase me convenceu, quando me disse que tirou dinheiro do bolso para ajudar a construir as obras da Copa", ainda revelou o deputado socialista.
Também conforme o deputado, após a campanha, Silval o procurou, pedindo um empréstimo. Na ocasião, foi emprestado R$550 mil, dos quais apenas R$200 mil foram pagos, durante sua gestão.
"Ele pagou ao longo do mandato R$ 200 mil pra Luciene Bezerra - prefeita de Juara e esposa do deputado - no máximo. Ele sabe disso, tanto é que na delação, ele falou que autorizou o ex-secretário Pedro Nadaf a pagar a conta dele com a Luciene. Ele sabe que me deve e eu imaginei que a conversa proposta no estacionamento era, inclusive, para esse fim".
O deputado reiterou que se isso realmente tivesse acontecido, a CPI não teria prosseguido. "Se tivesse alguma possibilidade de eu ter pego algum benefício ,a CPI teria acabado em pizza", afirmou.
O deputado também classificou as últimas declarações do ex-governador, nas delações, como um jeito distribuir os crimes pelos quais está preso. "A sociedade tem que saber que esse bandido foi para cadeia porque fez a malversação do erário público. Agora ele quer pegar a meia cheio de 'caca' e rodear, assim, quanto mais pessoas ele lambuzar melhor, para isenta-lo de suas responsabilidades". (Com informações da rádio Capital Fm 101.9)