Globo diz que inquérito “passou a se constituir a única ação efetiva de um organismo de Estado para conter” Bolsonaro.
O Grupo Globo deixou bem claro que não se importa com as denúncias de ilegalidade e inconstitucionalidade que o inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF) vem recebendo de juristas ao longo dos últimos meses.
Globo diz que inquérito “passou a se constituir a única ação efetiva de um organismo de Estado para conter” Bolsonaro.
O Grupo Globo deixou bem claro que não se importa com as denúncias de ilegalidade e inconstitucionalidade que o inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF) vem recebendo de juristas ao longo dos últimos meses.
Um dia após o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, determinar busca e apreensão contra aliados do presidente da República, Jair Bolsonaro, o jornal O Globo saiu em defesa das medidas, que vêm sendo apontadas por muitos como uma forma de censura.
Em um editorial¹ publicado nesta quinta-feira (28), o jornal disse que “as investigações foram justificadas pela necessidade de se descobrir a origem de calúnias, injúrias e difamações de ministros”.
Ainda de acordo com o texto intitulado “Operação da PF testa ingerências de Bolsonaro”, O Globo disse que o inquérito só promoveu a censura quando agiu contra a revista Crusoé:
“E quando o inquérito serviu para censurar a revista digital Crusoé, um ato, este sim, contra a Constituição, as críticas aumentaram.”
No entanto, logo em seguida, o editorial diz que o inquérito das fake news “passou a constituir a única ação efetiva” contra o bolsonarismo:
“Mas o bolsonarismo com sua tendência congênita ao golpismo e à ilegalidade deu relevância ao inquérito, que passou a se constituir a única ação efetiva de um organismo de Estado para conter o avanço agressivo de Bolsonaro e sua horda contra as instituições republicanas. Isso, enquanto o Congresso, ainda em sessões remotas, continua afetado pelo estado semicomatoso que acometeu a oposição desde a sua derrota para o bolsonarismo em 2018.”