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04/12/2017 às 00h26

Investigação: Jovem de Cuiabá que viajou para Síria é mantida em cárcere e embaixada negocia

Juliana Cruz deveria ter retornado ao Brasil na última quarta, o que não ocorreu. Família está desesperada
Polícia
Investigação: Jovem de Cuiabá que viajou para Síria é mantida em cárcere e embaixada negocia
Imagem montagem reprodução
A auxiliar administrativa da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Juliana Cruz, que viajou para Beirute, capital do Líbano, é mantida isolada, sem comunicação e corre risco de morte.

Informações obtidas por fonte do RD News dão conta de que, além dos esforços da Polícia Federal nas investigações, a embaixada do Brasil em Damasco, capital da Síria, negocia a soltura da jovem.

Apesar do temor sob o risco de vida, a expectativa é de que Juliana consiga ser libertada nos próximos três dias, tendo em vista a boa relação que o Brasil tem com o Oriente Médio, tanto que muitos sírios estão refugiados no país.

O delegado federal que investiga o caso é Murilo de Almeida Gimenez, do Núcleo de Inteligência da PF, que também quebrou o sigilo telefônico da auxiliar e já sabe com quem ela teve os últimos contatos.

Conforme a reportagem antecipou com exclusividade, Juliana viajou no início de novembro para se encontrar com o sírio Sheraz Re, e não retornou mais para casa. Ela está de férias na AMM, com previsão para retomar à função nesta semana.

Ao pisar em solo árabe, ela pediu para que duas guias turísticas a atravessassem na Faixa da Gaza, região na Palestina que sofreu com diversos conflitos durante o século passado. Juliana e Sheraz tiveram várias interações na internet, sendo que ele até comentou em português em uma das fotos dela. Após uma frase motivacional, disse “não devemos nos render”.

A AMM, em nota, admite que o notebook usado pela jovem foi cedido à Polícia Federal para que seja extraída informação relevante, e que se solidariza com a situação. Ressalta que em período de férias os funcionários têm liberdade para viajar para onde quiserem, pois se trata de uma decisão pessoal e particular. "A instituição anseia que o caso seja esclarecido o mais breve possível na esperança de que a funcionária retorne ao país, bem como aos quadros funcionais da instituição”, diz a nota.

Originalmente de RD News