O senador Wellington Fagundes (PR) preferiu não comentar a delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) ao Ministério Público Federal. Segundo a Folha de São Paulo, o senador foi citado pelo peemedebista como beneficiário de recursos ilícitos.
O senador Wellington Fagundes (PR) preferiu não comentar a delação do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) ao Ministério Público Federal. Segundo a Folha de São Paulo, o senador foi citado pelo peemedebista como beneficiário de recursos ilícitos.
Em conversa com a imprensa, na segunda-feira (07), Fagundes disse que a citação não passa de “suposições”.
“Eu tenho que ter conhecimento. Como vou comentar aquilo que é uma suposição? Na verdade, o jornal Folha de São Paulo não teve acesso à delação. O que teve foram especulações. Então, vamos aguardar”, afirmou.
O senador disse ver em Silval uma “pessoa de bem”. Enquanto esteve preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), o ex-governador chegou a receber visitas de Wellington.
“Tenho o governador Silval como uma pessoa de bem. Eu o visitei. Não vou deixar de buscar a verdade acima de tudo. E acredito que quem age com a verdade, sempre tem a maior facilidade para provar o que diz”, disse.
“Não me sinto surpreso, porque não conheço a delação. Preciso conhecer”, afirmou.
Planilha da JBS
Na semana passada, Fagundes também apareceu em uma planilha entregue ao MPF pelos delatores da JBS.
Segundo eles, o senador teria sido supostamente beneficiado com R$ 300 mil.
O dinheiro teria sido recebido por Wellington por meio do ex-ministro da Agricultura, Neri Geller, conforme apontamento na planilha. Segundo a revista Época, Florisvaldo de Oliveira, o "homem da mala da JBS", entregou um dos montantes no gabinete do então ministro.
Entretanto, o senador afirmou que recebeu repasses do seu partido, o PR.
“Uma doação legal feita aos partidos políticos, não individualmente. Em função da delação, o proprietário da JBS disse que as doações legais eram fruto de ilegalidade. Então, não tem mais lei para ser obedecida. O regime no Brasil, na eleição passada, era de doações empresariais feitas a partidos e aos candidatos, devidamente registrado na Justiça. Como isso pode ser colocado sob suspeição?”, questionou.
Para Fagundes, a colaboração dos empresários Joesley e Wesley Batista tem o único intuito de salvar o patrimônio da empresa.
“Infelizmente no Brasil estamos em um processo complexo, porque com a prisão preventiva, o cidadão fica lá dois anos até delatar, por não suportar aquela carga da pressão e opressão. E, às vezes, quando delata, é para se livrar de algo. E no caso da JBS está bem claro que é para livrar o patrimônio. É uma delação muito questionada no Brasil”, disse.
Sem preocupação
Questionado se as citações em delações podem prejudicar eventuais projetos eleitorais em 2018, já que ele é um dos cotados para disputar o Governo do Estado, Fagundes foi enfático.
“Quem está na chuva é para se molhar. Então, homem público não pode ficar de cabeça baixa por uma crítica. A crítica é natural. Hoje, é tudo muito aberto e muita gente fala coisa que não é verdade. Por isso que tem que ter investigação. Ninguém pode se abalar por uma investigação. Um inquérito é para esclarecer a verdade”, completou.