Com trajetória polêmica, Moraes pode ficar no STF até 2043

Ministro da Justiça, indicado a vaga no STF, é alvo de críticas de juristas
Caso passe na sabatina do Senado, o ministro Alexandre de Moraes pode ficar no Supremo Tribunal Federal (STF) até 2043.
A trajetória do ministro é marcada por diversas polêmicas. Sua atuação durante a crise penitenciária, que deixou ao menos 90 pessoas mortas em janeiro deste ano, foi criticada diversas entidades de direitos humanos. O ministério também fez pagamentos irregulares a policiais da Rio-2016 em meio à gestão de Moraes. O ministro foi questionado ainda sobre seu posicionamento a respeito do combate ao terrorismo antes dos Jogos, na Operação Hashtag.
Em julho do ano passado, o ministro foi filmado cortando pés de maconha no Paraguai. Moraes já manifestou, inclusive, interesse em erradicar o comércio e uso planta em "todo o país".
Em setembro do ano passado, o ministro atraiu holofotes para si mesmo também ao comentar andamento da Operação Lava Jato em evento de campanha em Ribeirão Preto (SP). Moraes antecipou a prisão do ex-ministro Antônio Palocci e gerou desconforto no Planalto.
Ex-secretário de Segurança de São Paulo, Moraes estava sob comando da pasta quando houve a maior chacina do Estado nos últimos anos. Em agosto do ano passado, 19 pessoas foram mortas e outras cinco ficaram feridas em Osasco e Barueri. Investigações iniciais apontam que sete policiais e guardas-civis teriam se organizado para vingar a morte de um colega da corporação.
Além disso, o ministro é filiado ao PSDB. Ele teria prometido se declarar "impedido" de julgar tucanos como o ministro José Serra, o senador Aécio Neves e Geraldo Alckmin, todos citados na Lava Jato.