A Secretaria de Assistência Social, por meio do projeto “Amigas Empreendedoras” – oferece cursos profissionalizantes no município que possibilitam às participantes novos caminhos bem como tornar-se uma fonte de renda familiar. Cerca de 5 mil mulheres tiveram uma revolução profissional em suas realidades transformada pelo projeto socioassistencial.
A moradora Vanusa Cristiane Dantas, bairro Mappin aluna do projeto da oficina pet aplique já está comercializando seus produtos, como guardanapos, porta guardanapos, kits de cozinha, entre outros. “Estou vendendo muito bem minha produção, o dinheiro que arrecado invisto em materiais para confecção de novas encomendas. A instrutora da modalidade de qualificação Zoé Antônia Donato que atua na área há 15 anos relatou que passa a técnica para as alunas com muita clareza e exigência.
“Digo para elas que uma profissão só é de sucesso quando envolvemos com amor e paixão. Esta profissão contribuiu para meu desenvolvimento profissional e sempre vivi da renda de minhas produções, que gira em torno de R$ 2 mil reais/mês. As alunas também estão tendo esta oportunidade de se profissionalizar com o Projeto”.
Na oficina de reciclagem e sustentabilidade, a instrutora Elecy Resplande Almeida, que trabalha com a arte há 25 anos disse que ensinar a prática as alunas é uma oportunidade impar, pois a reciclagem se tornou uma opção de vida que faz parte de sua caminhada de vida. Das garrafas pets, caixa de papel, papeis descartáveis. Todo esse arsenal de descarte desaparece dando lugar a belíssimas decorações de puff, porta retratos, sacolas de presentes, aparador de portas, entre tantos outros objetos de decoração.
“No ‘Amigas Empreendedoras' as alunas vão descobrir maneiras fantásticas de fazer decoração com reciclagem. De ideias simples, mas que dão um show!. Com objetos feitos à mão elas confeccionam para venda produtos que servem de decoração e que pode melhorar o visual de uma casa, desde o jardim, até o quarto, cozinha, sala e banheiro. Sendo assim, ensinamos vários artesanatos simples, todos feitos com materiais recicláveis, tais como: latas, garrafas de vidro, caixotes e papelão que se que se transformam em bancos, quadros”, destaca Elecy.
A Instrutora disse ainda que a aluna destaque da turma Kimberly Cristina Martins está surpreendendo com sua criatividade. Com as técnicas já desenvolveu diversos apetrechos decorativos e todos foram elogiados pela turma, tanto a habilidade quanto a riqueza nos detalhes.
“Hoje faço meus afazeres domésticos e nos momentos vagos faço minha peças a partir de garrafas pets e latas de leite em pó. A capacitação se tornou um hobby para meus momentos ociosos e com isso já estou tendo uma renda própria, o projeto revolucionou minha realidade familiar. Uma oportunidade sem gasto algum, porém com grandes possibilidades de retorno financeiro.
A oficina de bonecas é o xodó do projeto, pois adultos e crianças ficam encantados com essa modalidade do projeto. A instrutora Marilin Wolker que fez desta profissão há 5 anos sua renda principal disse que o universo é encantador e surpreendente. Pois, cada produção das bonecas tem sua característica própria.
“E o mais prazeroso é quando o cliente recebe seu produto e fica alegre porque suas expectativas de resultados foram superadas, as bonecas são encantadoras. Produzo uma média de 30 bonecas mês e tenho um ganho mensal de R$ 2 mil reais. Explico às alunas que o projeto agrega conhecimentos, com oportunidade de trabalho no próprio lar, onde se pode cuidar da família e agregar valor”, relata.
A aluna da oficina de bonecas, Maria Elizabeth Xavier, moradora do bairro Nova Ypê falou que é do lar e não pode trabalhar fora, pois cuida da casa e dos filhos. “Meu sonho era fazer bonecas. Agora o projeto está transformando meu sonho em realidade. Dediquei e aprendi a fazer muito bem como a professora. Já vendi 10 bonecas que confeccionei. Minha produção diária é de duas bonecas por dia com uma média de preço de R$ 40 a R$ 45 reais. Um bom incremento na renda familiar. Meu esposo ficou muito feliz pela ajuda financeira e já programamos fazer várias coisas, como reformar nossa casa. Agradeço a gestão por oportunizar a ter uma renda extra em minha própria casa”, agradeceu.
A modalidade de artesanato em MDF fica sob a responsabilidade da instrutora, Marli Ferreira que é artista plástico há 35 anos e seu rendimento está compreendido em R$1,5 mil reais/mês. Ela enfatiza que a profissão foi à escolha mais acertada de sua vida e com ela conseguiu realizar seus sonhos. Márcia Santana, moradora do Nova Fronteira fala que ao saber que haveria a oficina no bairro foi logo se inscrever. “Já faço diversas espécies de artesanato e sempre é muito bem vindo aprender mais. Vim aprimorar meus conhecimentos e comercializo minha produção na minha lanchonete, já estou conseguindo uma renda de R$ 1 mil reais com minhas vendas mensais”.
A arte do crochê é de responsabilidade da instrutora Nazareth Ferreira, que sempre fez de sua carreira profissional a criação de peças, por meio de linhas e agulhas. Com 35 anos de carreira bem sucedida, que resultou na criação de seus dois filhos.
“O crochê é minha vida, através dele criei meus filhos, garanti os estudos, comprei meu apartamento e também mobiliei. Na minha época tive que pagar para aprender, hoje a gestão dá gratuitamente o curso e o material para as comunidades, uma excelente oportunidade. Diversas alunas da oficina já estão produzindo tapetes, vestidos, blusas, caminhos de mesa e almofadas muito bem e complementando a renda familiar”.
Conforme a instrutora da oficina de pintura em tecido, Adriana da Silva que atua na área há 22 anos, frisa que é um projeto mobilizador, um novo elo se formando. “Poucos municípios têm essa proposta de gestão”.
A dona de casa, Laura Silva Campos, ressaltou que além do aprendizado, o curso possibilita conhecer novas pessoas e ainda a ajudou a passar por uma fase difícil na vida.
“Fazer esse curso foi muito bom, me ajudou bastante, eu estava bem depressiva, e isso só veio para me ajudar, me motivar. Hoje estou psicologicamente curada e com autoestima elevada”, sublinha.
A prefeita Lucimar Sacre de Campos destaca que “temos o dever de atender as famílias em condição de desvantagem econômica, assim como, temos o compromisso de criar as oportunidades necessárias e articular políticas públicas no que for preciso para favorecer o protagonismo e autonomia das famílias nestas condições. E um dos meios para isso acontecer é a qualificação socioprofissional de quem mais precisa do apoio do Poder Público”, pontua.
“A proposta do 'Amigas Empreendedoras' é capacitar as mulheres, agregar conhecimento e oferecer alternativas de complementação de renda, além de incentivar a convivência coletiva e reforçar os laços de amizade. Quando a aluna recebe o certificado de conclusão, ela está apta para aplicar o aprendizado no dia a dia ou até mesmo abrir o próprio negócio”, conclui a secretária de Assistência Social, Kathe Maria Martins.
A 1ª etapa do projeto 2017/1 encerra no dia 30 de junho (sexta-feira), às 8h30 na Conferência da Igreja Nossa Senhora do Carmo, com exposição e comercialização dos produtos das oficinas, apresentações culturais e o concurso miss 'Amigas Empreendedora'.
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