14/12/2017 às 10h34
'Não terá nenhuma carga sobre o ombro de quem não deve', diz Riva sobre confissão
Apesar da declaração, o político – que comandou a Assembleia por quase 20 anos - não adiantou se fechou, nem se está negociando, um acordo de colaboração premiada.
Política
Foto: RepórterMT/Reprodução
Apesar da declaração, o político – que comandou a Assembleia por quase 20 anos - não adiantou se fechou, nem se está negociando, um acordo de colaboração premiada.
O ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Geraldo Riva (sem partido), alvo de mais uma fase da Operação Ararath na manhã desta quarta-feira (13), disse que caso feche mesmo um acordo de delação premiada com o Ministério Público não fará acusações injustas a ninguém.
A declaração ocorreu logo após o ex-deputado prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério Público Estadual, na sede do Legislativo estadual, sobre o escândalo das Cartas de Crédito.
“Vi muitas colaborações e, se uma hora ela ocorrer, não terá trauma e nenhuma carga sobre o ombro de quem não deve. Neste momento me sinto confortável no rumo que eu escolhi”, declarou Riva.
Porém, o político – que comandou a Assembleia por quase 20 anos - não confirmou se fechou ou está negociando um acordo de colaboração premiada.
“Eu tenho colaborado com a Justiça quando comecei as confissões. E essas confissões são públicas, vocês assistiram aos depoimentos. Tenho procurado contribuir para atenuar minha pena em relação aos processos em casos pontuais”, argumentou José Riva.
Portanto, nos bastidores, a informação é de que Riva negocia - há meses - um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Entre os denunciados pelos políticos estariam agentes do Judiciário, além de promotores e procuradores do próprio Ministério Público, bem como dezenas de políticos no âmbito federal, estadual e municipal.