Em entrevista à rede Jovem Pan nesta segunda-feira (12), a cubana Zoe Martinez falou sobre a crise sanitária, política e econômica do regime comunista cubano, além de relatar a censura contra os atos convocados pela oposição.
Ela, que atualmente reside no Brasil, viveu quase a vida inteira sob o regime ditatorial de Cuba, e tem feito uma série de alertas sobre o país.
Em entrevista à rede Jovem Pan nesta segunda-feira (12), a cubana Zoe Martinez falou sobre a crise sanitária, política e econômica do regime comunista cubano, além de relatar a censura contra os atos convocados pela oposição.
Ela, que atualmente reside no Brasil, viveu quase a vida inteira sob o regime ditatorial de Cuba, e tem feito uma série de alertas sobre o país.
“Os cubanos comuns estão cansados de serem tratados como animais e foram pras ruas se manifestar. É um assassinato em massa o que está acontecendo. Estão perdendo famílias e o sistema de saúde colapsou, isso incitou as pessoas a irem pra rua. O governo incentivou os revolucionários a irem pra rua também, mas essas pessoas trabalham para a ditadura e estão armadas, então é desigual essa luta. O governo está incentivando isso pro povo se matar entre si e não levarem a culpa. São pessoas comuns que antes adoravam o Fidel pedindo mais qualidade de vida”, afirmou.
Zoe disse se preocupar com familiares que ainda moram no país. Segundo a jovem, ainda não foi possível entrar em contato com eles desde os recentes acontecimentos na ilha caribenha.
“Tenho avós, tios e primos lá. Eles ficaram incomunicáveis. Paguei caríssimo na ligação para falar com minha avó, mas fui a única que consegui contato. No país tem internet, mas é muito caro, só que ontem nem quem tem dinheiro conseguia porque a ditadura não queria que postassem os vídeos dos protestos”, lamentou.
Na sequência, a cubana revelou que, desde a infância, a família já questionava o regime político da ilha e possuía antagonismo devido a quantidade de parentes morando em outros países.
“Eu estudei lá até os doze, era doutrinação, te ensinam a repetir ‘viva a revolução’. Eu não aprendia sobre o mundo. Obrigavam a gente a repetir todos os dias ‘seja como o Che’. Eu sempre fui revoltada, sempre achei um absurdo, pois minha família sempre foi esclarecida, mas a escola é isso”, declarou.
Por fim, Zoe Martinez demonstrou imensa preocupação com o resultado das eleições presidenciais de 2022 no Brasil. Para ela, se Lula voltar ao poder a ditadura comunista deve ser potencializada.
“Me preocupa ano que vem, porque o Lula tá disparado nas pesquisas. O pessoal que quer a terceira via vai acabar fortalecendo Lula e toda a luta cubana servirá para nada, porque ele voltará a financiar aquela ditadura. Bolsonaro quando se elegeu os desestabilizou, a ditadura foi desestabilizada pelo Bolsonaro quando ele cortou a mamata dos empréstimos e o Programa Mais Médicos”, completou.