A “Bancada da Bíblia”, que reúne deputados evangélicos e
católicos conservadores, obteve uma grande vitória nesta quarta-feira (8),
quando conseguiram aprovar a chamada “PEC da Vida”, que na verdade reúne a PEC
181/15 e a PEC 58/11. O texto final da proposta de emenda constitucional, que
ainda precisa passar pelo plenário da Câmara.
A “Bancada da Bíblia”, que reúne deputados evangélicos e
católicos conservadores, obteve uma grande vitória nesta quarta-feira (8),
quando conseguiram aprovar a chamada “PEC da Vida”, que na verdade reúne a PEC
181/15 e a PEC 58/11. O texto final da proposta de emenda constitucional, que
ainda precisa passar pelo plenário da Câmara.
O debate ocorre dentro da comissão especial da Câmara dos
Deputados, criada no ano passado, logo após a Primeira Turma do STF ter
decidido pela descriminalização do aborto durante o primeiro trimestre de
gestação. O parecer aprovado afirma que a vida começa desde a fecundação do
óvulo, e não no nascimento. Essa posição poderá impedir todas as formas de
aborto no país.
Considerada uma vitória pelos deputados pró-vida, o texto da
PEC também altera a extensão da licença maternidade, prevendo que o tempo de
internação do bebê prematuro até a alta hospitalar, deve ser acrescido à
licença de 120 dias da mãe.
O relator da versão final, deputado Jorge Tadeu Mudalen
(DEM/SP), lembra que está garantindo o princípio da dignidade da pessoa humana
e de inviolabilidade do direito à vida, ambos previstos na Constituição. Seu
relatório foi aprovado por 19 votos a favor. Encaminharam voto contrário ao
parecer as bancadas de PT, PCdoB, PSOL e PPS.
Insatisfeitos com a derrota, os deputados dos partidos de
esquerda tentaram impedir o prosseguimento da comissão. A
deputada Erika Kokay (PT/DF), que é membro da comissão e deu o único voto
contrário, chamou a decisão de “fraude”, por que desrespeitaria os 171
deputados que assinaram a proposta original, que versava apenas sobre a
ampliação da licença maternidade para mães de bebês prematuros.
Na tarde dessa quinta-feira (9),
quem partiu para o ataque pelas redes sociais foi o deputado Roberto Freire
(PPS/SP). Ele escreveu em seu perfil do Facebook: “Grave retrocesso
fruto do fundamentalismo religioso que imaginávamos não cresceria entre nós.
Sinal de que não estamos imunes à intolerância que infelicita vários povos,
inclusive com presença do terrorismo. Só espero que tenhamos condições de
barrar essa PEC retrógrada no plenário”.
O deputado Victório Galli (PSC/MT), revidou de pronto: “O
que mais podia se esperar do líder de um partido socialista? O que esperar de alguém
que quer o candidato apoiado pela Globo Lixo? Com certeza as pessoas de bem
deste país não querem a legalização do aborto nem ver essas agendas globalistas
sendo impostas sobre nós sem luta. Comparar as nossas convicções religiosas e
morais com terrorismo é típico de esquerdopatas. Felizmente o Brasil mudou, já
não aceitamos as pautas da esquerda sendo empurradas goela abaixo. Estou com
meus colegas, vida sim, aborto não”.
Tapete vermelho
Freire é presidente nacional do PPS (Partido Popular Socialista), sigla que surgiu em 1992 como a
“nova cara” do antigo PCB (Partido Comunista Brasileiro). Ex-ministro da
Cultura de Michel Temer, Roberto Freire já se declarou ateu e sempre se mostrou
critico à bancada evangélica.
Esta semana ele foi notícia
por ter se lançado como “padrinho político” do apresentador Luciano Huck, a
quem estendeu o “tapete vermelho” – com duplo sentido – para que concorra a
presidente pela sigla em 2018. http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2017/11/tapete-vermelho-no-pps-espera-de-luciano-huck.html Não por coincidência, o anúncio - ainda não
respondido oficialmente por Huck – foi feito no dia em que a revolução
comunista completava 100 anos.
Originalmente da Exata News