08/05/2017 às 10h43

“Quem está na vida pública não pode temer impopularidade”

Deputado disse que não é possível buscar somente o "aplauso fácil"

Política

“Quem está na vida pública não pode temer impopularidade”

O deputado Wilson Santos: quem está na vida pública não pode buscar somente o aplauso (Foto: Alair Ribeiro/MidiaNews)

O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) defendeu que os membros da base aliada do Governo tenham coragem para apreciar projetos do Executivo considerados polêmicos e que devem ser remetidos à Assembleia Legislativa ainda no primeiro semestre deste ano.

Entre as propostas do Palácio Paiaguás estão as reformas da Previdência e Tributária, além do projeto do Teto de Gastos, que prevê, por exemplo, o congelamento do salário dos servidores públicos por até dois anos.

Na avaliação de Wilson, os parlamentares não podem ter receio de tomar determinados posicionamentos por conta do processo eleitoral que se avizinha.

“Não tem como fazer omelete sem quebrar ovos. Quem quer vir para a vida pública só esperando aplausos, então não venha. Há remédios amargos que precisam ser tomados. O país vive a maior crise econômica dos últimos 126 anos. Há uma recessão forte e é preciso parar de buscar o aplauso fácil”, disse o deputado.

Embora tenha dito estar “por fora do tema”, a declaração do tucano soa como uma resposta ao colega Silvano Amaral (PMDB), que disse acreditar que as reformas de Taques não passarão pela Assembleia Legislativa.

Para o peemedebista, os deputados têm consciência do desgaste que sofreram, por exemplo, em razão da polêmica envolvendo a Revisão Geral Anual (RGA) dos servidores públicos no ano passado.

“Não vou opinar porque eu estou completamente por fora desse tema. Ninguém que vem para vida pública pode ter receio de impopularidade e ações amargas. Elas são necessárias em determinados momentos”, afirmou o parlamentar, ao ser questionado sobre as declarações de Silvano.

“Essa casa tem tido coragem. Assembleia votou tudo que o Governo mandou. A Assembleia nunca se omitiu nas mensagens do Executivo, seja do Governo Pedro Taques, do Dante de Oliveira, do Jaime Campos, do Blairo Maggi, do Júlio Campos... A Assembleia sempre votou, nunca se omitiu”, concluiu Wilson.