“Há alguns anos atrás teve um grupo de chineses querendo entrar, patentear medicinas indígenas”, disse Ysani.
A indígena que acompanhou o presidente da República, Jair Bolsonaro, à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) marcou presença, nesta quinta-feira (26), na tradicional live presidencial no Facebook.
“Há alguns anos atrás teve um grupo de chineses querendo entrar, patentear medicinas indígenas”, disse Ysani.
A indígena que acompanhou o presidente da República, Jair Bolsonaro, à Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) marcou presença, nesta quinta-feira (26), na tradicional live presidencial no Facebook.
Na transmissão, Ysani Kalapalo, 27 anos, criticou a esquerda e lideranças indígenas tradicionais:
“Vocês parentes aí, seus hipócritas, vocês aí que ficam falando que [Bolsonaro] não está falando a verdade. […] Cada tribo, cada aldeia tem seu cacique, sua liderança. Somos 305 etnias diferentes e 274 línguas. Você acha que o Raoni vai representar as 305 etnias que existem no Brasil? Claro que não. Eu respeito muito ele, mas a ideologia dele não me representa.”
De acordo com Ysani, os brasileiros não conhecem a realidade do índio no país e têm uma visão do “índio romantizado”.
“Muita gente não conhece nada da realidade do indígena, mesmo aqui no Brasil, muita gente não conhece. O que acontece: a maioria ler esses livrinhos que antropólogos e ambientalistas escrevem aí acabaram criando aquela ideologia do índio romantizado, eu costumo dizer, aquele índio lá do século passado, não fala do índio de hoje.”
Após questionamento de Bolsonaro sobre se ela tinha visto “gente de fora, da Europa, de outros países andando na sua região”, Ysani respondeu:
“É o que tem mais, tem muito gringo aí, inclusive, há alguns anos atrás teve um grupo de chineses querendo entrar, patentear medicinas indígenas. Tem muito gringo de olho na Amazônia. Aliás, eu já recebi propostas de um gringo, eu não vou citar o nome aqui, dizendo se a gente poderia vender uma parte da terra nossa pra eles. Assim, eles poderiam explorar à vontade.”