Nomeado pelo governador Pedro Taques para comandar a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, o novo diretor-geral, delegado Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, 40 anos, tem como desafio o reforço dos serviços de inteligência na resolução e combate a crimes contra a pessoa, tráfico de drogas, roubo e furtos em todo o Estado. A cobrança por bons resultados e a preocupação em fazer uma gestão próxima à sociedade, além da valorização dos servidores, estão entre as prioridades de Pigozzi, que iniciou há 15 anos sua carreira na Polícia Civil.
Nomeado pelo governador Pedro Taques para comandar a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, o novo diretor-geral, delegado Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, 40 anos, tem como desafio o reforço dos serviços de inteligência na resolução e combate a crimes contra a pessoa, tráfico de drogas, roubo e furtos em todo o Estado. A cobrança por bons resultados e a preocupação em fazer uma gestão próxima à sociedade, além da valorização dos servidores, estão entre as prioridades de Pigozzi, que iniciou há 15 anos sua carreira na Polícia Civil.
“A gente sempre tem que estar à frente do crime. Não adianta esperar que os criminosos pratiquem a ação para somente depois agir. O crime é dinâmico e a polícia precisa ser proativa, tanto para o lado de atendimento ao público, como para o trabalho de investigação mais apurado”, afirmou. Fernando foi empossado na útlima sexta-feira (13), e até então atuava na Delegacia Regional de Primavera do Leste (231 km de Cuiabá). Com 138 votos, ele foi o primeiro de uma lista tríplice apresentada ao governador e vai comandar a instituição no exercício 2017-2018.
Gabinete de Comunicação - Quais os principais desafios e prioridades para a sua gestão?
Fernando Vasco Spinelli Pigozzi - Tenho como desafio manter a eficiência do trabalho investigativo da Polícia Civil, melhorar as condições de trabalho dos nossos servidores, traçar estratégias para aprimorar o atendimento ao público e, realmente, cumprir o Planejamento Estratégico da Polícia Civil (PJC +10) para os próximos dez anos, de forma que a polícia avance não somente no operacional, mas nas demais áreas de atuação.
Gcom - Como o senhor pretende fortalecer o trabalho da Polícia Civil no Estado?
Pigozzi - Primeiro, é necessário fazer um diagnóstico da atual situação das delegacias. Na parte operacional, vamos realizar reuniões com os delegados regionais do Estado, cobrar deles investigações mais aprofundadas e o uso de recursos e ferramentas de monitoramento disponibilizados à polícia”.
Gcom - Após ter sido o mais votado entre os três indicados para diretoria, como avalia a aprovação por parte da categoria? Essa aprovação traz mais responsabilidade?
Pigozzi - Fiquei muito feliz ao receber o resultado, pois isso mostra a confiança que os delegados de polícia depositaram em mim, que acreditam na minha postura, na minha conduta e na minha pessoa. Para mim, foi muito gratificante e, sem dúvidas, é uma responsabilidade enorme. Não quero decepcionar ninguém e espero ser o mais profissional possível.
Gcom - Qual o plano de trabalho a ser adotado nos Núcleos de Inteligência?
Pigozzi - De imediato, a inteligência está sendo fortalecida com a nomeação de três delegados para a diretoria, inclusive, uma das minhas metas do plano de ação é impulsionar o funcionamento da Gerência de Combate a Crimes de Alta Tecnologia (GECAT). Tenho a intenção de fortalecer outras gerências, para isso, vamos fazer uma análise criteriosa dos trabalhos que eles desenvolveram no passado para solucionar crimes. Da minha parte, eles vão ser estimulados e cobrados para que realizem um trabalho de excelência. Uso como exemplo a cidade de Primavera do Leste, onde tripliquei o número de servidores da inteligência e, com isso, obtivemos resultados expressivos nas prisões envolvendo quadrilhas.
Gcom - Como será o processo de integração com outras forças de segurança?
Pigozzi - Para mim será um trabalho extremamente tranquilo, porque tenho um ótimo relacionamento com outras instituições. Em toda minha trajetória sempre procurei respeitá-los e isso fez com que obtivesse confiança. Ao demonstrarmos a nossa intenção de manter a política de integração adotada pelo governador e estreitar os laços, acredito que a gente consiga alcançar os resultados que a população espera e merece.
Gcom - De que forma planeja melhorar os serviços prestados ao cidadão?
Pigozzi - Inicialmente vamos fazer um diagnóstico de como está funcionando o atendimento nas delegacias do Planalto, Roubos e Furtos de Veículos (DERFVA), Roubos e Furtos, Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM). Se for necessário o incremento de servidores, da minha parte, já será autorizado o aumento de efetivo, e da mesma forma a realização de cursos de atualização. O policial tem que ter conhecimento e preparo para atender a vítima de agressão, a vítima de roubo, e a ocorrência de crime contra o patrimônio. Quanto ao servidor, eu acredito que se você ouve e dá a ele a atenção necessária, ele se sente valorizado e desempenha melhor suas atividades. Sempre estive ao lado deles e na diretoria não será diferente.
Gcom – Como foi sua trajetória profissional até chegar à diretoria-geral da PJC?
Pigozzi - Foi uma experiência construtiva. Após sair da Academia de Polícia, fui para a Delegacia de Roubos e Furtos de Várzea Grande e ao ser designado para o plantão metropolitano, percebi que poderia contribuir de forma diferente no interior do estado. Meses depois fui convidado para ser titular da Delegacia Regional de Campo Verde e lá fiquei 11 anos e meio, até que assumi a Delegacia Regional de Primavera do Leste. Lá, idealizamos uma ação voltada à inteligência policial, pois sabemos que se trata de um município com criminalidade razoável, e realizamos operações de combate ao tráfico e grilagem de terras”.