Os filmes
Shane - Os Brutos Também Amam
Diretor: George Stevens
Ano: 1953
Por que é conservador: Um dos mais influentes westerns da história, o filme de George Stevens apresenta Shane, o cowboy a reencarnar a mitologia do cavaleiro medieval, o qual carrega em si as virtudes fundadoras de uma nova vida, virtudes essas moldadas pela violência de caminhos passados e pela busca de redenção através da proteção dos inocentes.
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Sindicato de Ladrões
Diretor: Elia Kazan
Ano: 1954
Por que é conservador: Um dos maiores clássicos da história do cinema, 'Sindicato de Ladrões' é um mergulho na podridão dos sindicatos e das máfias que tomam de assalto a consciência dos Homens; e Terry Malloy (Marlon Brando) irá resgatar a sua, mesmo que isso signifique perder tudo. Elia Kazan fez um clássico sobre a consciência individual, e o beautiful people hollywoodiano nunca o perdoou por isso.
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Bronco Billy
Diretor: Clint Eastwood
Ano: 1980
Por que é conservador: Um dos mais simpáticos e singelos filmes do lendário diretor americano, Bronco Billy é uma ode à família, às amizades, à imaginação e ao espírito comunal, que sustentam uma nação. É das mais belas encarnações em celulóide da ideia de Edmund Burke dos ‘pequenos pelotões’.
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Excalibur
Diretor: John Boorman
Ano: 1981
Por que é conservador: Uma das versões mais estilizadas e belas da saga do Rei Arthur, Excalibur é uma obra que explora como poucas as sombras e luzes da lenda. Honra, perdição, amor e fé em uma narrativa épica, operística, majestosa. Até hoje insuperável, tendo apenas a versão de Robert Bresson, 'Lancelot Du Lac', a ombrear com o filme de Boorman.
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Os Gritos do Silêncio
Diretor: Roland Joffé
Ano: 1984
Por que é conservador: Ao retratar um dos episódios mais devastadores da história da humanidade, o genocídio cambojano, Roland Joffé não se limita a uma narrativa dos horrores do comunismo, ele está aqui mais preocupado em nos mostrar que mesmo diante dos maiores pesadelos, somos capazes de escolhas, de decidir como encaramos nosso destino.
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O Rei Leão
Diretor: Rob Minkoff, Roger Allers
Ano: 1994
Por que é conservador: A animação da Disney, inspirada diretamente nas peças shakespearianas, é um dos mais belos retratos da formação moral de um jovem príncipe, que após um trágico evento, precisa se tornar digno de sua herança para assim ter direito a seu legado, um legado de serviço a seus súditos.
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Toy Story
Diretor: John Lasseter
Ano: 1995
Por que é conservador: Toy Story entra nessa lista não apenas como filme isolado, mas como representante das animações da Pixar, que em todos os seus filmes explora temas caros ao temperamento conservador: a importância da família e das amizades, a busca de equilíbrio entre sociedade e indivíduo, a superação de desafios mediante escolhas morais, e last but not least, a importância da imaginação em um mundo sem coração.
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Seven
Diretor: David Fincher
Ano: 1995
Por que é conservador: O suspense de David Fincher explora a fundo o problema do mal e de como ele se instala e corrói o coração dos homens. Tudo isso através de uma magistral reinterpretação dos pecados capitais para nossos tempos modernos.
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Ou Tudo ou Nada (The Full Monty)
Diretor: Peter Cattaneo
Ano: 1997
Por que é conservador: Um filme que retrata o cotidiano de desempregados ingleses e sua luta para sair da dependência do Estado. Não apenas um libelo pela independência financeira, mas também um olhar delicado e bem humorado sobre os desafios paternos em uma sociedade fragilizada pelo desemprego e pela falta de sentido da vida.
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De Olhos Bem Fechados
Diretor: Stanley Kubrick
Ano: 1999
Por que é conservador: Com esta adaptação da obra de Arthur Schnitzler 'Breve Romance de Sonho', Kubrick realizou sua obra mais ousada e desafiadora. Ao explorar os desejos obscuros de um casal novaiorquino, o diretor faz uma ode ao matrimônio e à felicidade conjugal, e mostra que as sombras que permeiam nossas vidas só podem ser afastadas com o perdão e o amor.
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Cidade de Deus
Diretor: Fernando Meirelles
Ano: 2002
Por que é conservador: O filme que retrata o nascimento do tráfico e da criminalidade brutal na favela Cidade de Deus é um dos mais fiéis retratos do problema da violência no nosso país. Sem apelar para desculpas sociológicas ou vitimismos sociais, Fernando Meirelles acompanha a história de três jovens da periferia do Rio de Janeiro, suas escolhas e destinos. Se a maioria de nós lembra mais de Zé Pequeno do que do Buscapé, isso fala mais sobre nós do que sobre o filme.
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Os Donos da Noite
Diretor: James Gray
Ano: 2007
Por que é conservador: A história de dois filhos que ao seguirem caminhos diferentes terminam por superar suas desavenças para resgatar sua comunidade, fragilizada pelo crime e pelo tráfico.
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O Profeta
Diretor: Jacques Audiard
Ano: 2009
Por que é conservador: Ao retratar a ascensão de um pequeno criminoso dentro de uma prisão francesa, Audiard tece uma trama que nos choca pela sua crueza e realismo trágico.
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Inverno da Alma
Diretor: Debra Granik
Ano: 2010
Por que é conservador: Antes de se tornar uma estrela hollywoodiana, Jennifer Lawrence protagonizou este pequeno filme, no qual interpreta a filha de um traficante de drogas que precisa corrigir os erros do pai para salvar sua família.
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Tudo Pelo Poder
Direção: George Clooney
Ano: 2011
Por que é conservador: E quem diria que o melhor filme político desta lista seria de George Clooney? O queridinho da beautiful people hollywoodiana dirige e protagoniza esta obra que é uma verdadeira aula sobre o caráter da política moderna, suas intrigas e mentiras, suas artimanhas e falcatruas. Com um olhar realmente cético para a política, Clooney nem precisou usar os republicanos para provar seu ponto: os canalhas aqui são todos democratas!
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A Perseguição
Diretor: Joe Carnahan
Ano: 2011
Por que é conservador: Um filme de ação como poucos, 'A Perseguição' vai gradualmente revelando suas intenções: mostra-nos especialmente como, mesmo diante de nosso destino final, ainda podemos escolher como nos comportaremos, ainda podemos dar um sentido ao trágico — ainda que apenas aos olhos de Deus.
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Alabama Monroe
Diretor: Felix Van Groeningen
Ano: 2012
Por que é conservador: Um filme que por trás de sua aura alternativa, retrata um dos mais profundos dramas da condição humana: a morte dos inocentes. A partir disso, a narrativa vai nos lançando em uma espiral de beleza e dor que termina com uma pergunta crucial: haverá uma alma eterna nestes nossos corpos alquebrados?
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Marcados para Morrer
Diretor: David Ayer
Ano: 2012
Por que é conservador: David Ayer entrega um filme que não deixa pedra sobre pedra. Ao nos lançar na rotina de dois policiais a patrulhar as ruas de Los Angeles, ele nos mostra a corrosão causada pela brutalidade epidêmica e mimética. E ao descortinar a violência que sustenta nossa civilidade, ele mostra como essa hostilidade deve ser ritualizada para assim perder seu poder de contaminação.
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O Conselheiro do Crime
Diretor: Ridley Scott
Ano: 2013
Por que é conservador: Ridley Scott faz seu melhor filme em décadas. Baseado em um roteiro do romancista Cormac McCarthy, expõe as mazelas da ganância humana, e de como ela corrompe homens, mulheres, famílias e, enfim, a sociedade à nossa volta.
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Kingsman - Serviço Secreto
Diretor: Matthew Vaughn
Ano: 2014
Por que é conservador: Uma agência secreta do governo britânico que tem como missão proteger o mundo dos totalitários malucos que querem remoldar o mundo à sua imagem e semelhança. Mais ainda, uma lição em elegância, humor refinado e a medieva lição: os modos fazem o homem!
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Homem Irracional
Diretor: Woody Allen
Ano: 2015
Por que é conservador: Uma das grandes tentações do intelectual - não importa qual seja seu espectro político - é passar a enxergar o mundo como ele imagina que seja, não como ele realmente é. Neste filme de Woody Allen, temos um mergulho nas tentações e nos perigos do ‘mundo como ideia’.
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Redação: "Dionisius Amendola, especial para a Gazeta do Povo"