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04/04/2018 às 14h29

A ascensão dos conservadores

A velha esquerda está em baixa e seus discursos ideológicos estão caindo por terra
Política
A ascensão dos conservadores
Jornalista Rafael Costa (Foto reprodução Facebook)
Em outubro de 2017, o analista político e articulista do site conservador “Senso Incomum”, Flavio Morgenstern, publicou em seu site um Podcast com o nome “Conservadorismo é o novo sexy”.
 
O tema nunca esteve tão na moda como agora. Os conservadores são chatos, mas estão na moda. E não negam isso.
 
A velha esquerda-comunista-socialista-marxista está em baixa, os discursos ideológicos estão caindo por terra um a um, nunca esteve tão fácil levar um esquerdista ao descrédito.
 
Mas para isso, os conservadores se prepararam, pois para irritar a esquerda, os conservadores, a turma da direita, precisou sentar as nádegas na cadeira e estudar durante anos. Literaturas que ninguém lia, ou nunca foram apresentadas na academia.
E, para surpresa de muitos, a verdade e os contra-argumentos estão com a direita, não há como um esquerdista ir para um debate contra um conservador e vencer este debate, salvo se o conservador for “Nuttela” e despreparado.
 
O maior exemplo disso em âmbito mundial é o cientista político americano David Horowitz. Filho de pais comunistas, abandonou a esquerda após sua decepção com o movimento dos Panteras Negras.
 
Ao saber lidar com o contraditório para explanar suas ideias, esmaga facilmente qualquer argumento dos grupos políticos da esquerda.
 
Nesta preparação da guerra política, temos em Mato Grosso um analista político, um dos únicos do país, preparado para este enfrentamento. Ele não é escritor de novela, ele disseca ideologicamente uma novela ou o debate esquerdista. 
 
Seu nome é Manoel Carlos, reside em Cuiabá, é bacharel em Direito e discreto analista político e consultor em estratégias de marketing e guerra político-ideológica.
Manoel Carlos já fez planejamentos e análises políticas em campanhas no Acre, Mato Grosso e São Paulo. Em São Paulo atuou ao lado, na reeleição, do Deputado Pastor Marco Feliciano (PODEMOS-SP).
 
Em Mato Grosso foi peça importante para alinhamento e preparação de Victório Galli (PSL-MT), parlamentar que compõe a bancada evangélica e atua em defesa dos valores ocidentais na Câmara dos Deputados.
 
Galli é um dos conservadores mais bem relacionados no Congresso, tendo, inclusive o respeito e a confiança do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) e do senador Magno Malta (PR-ES). 
 
O marqueteiro cuiabano atuou, na campanha de 2016, travando o debate e as narrativas entre Wilson Santos (centro-esquerda) e o Psolista Procurador Mauro (extrema-esquerda).
 
Há no Brasil meia dúzia de analistas políticos e marqueteiros de direita e conservador, podemos citar Alexandre Borges, Bernardo Santoro e Manoel Carlos. No campo jurídico, podemos citar o renomado advogado constitucionalista Ives Gandra Martins.
 
Na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), impossível não admirar a capacidade de aglutinar pensamentos do ótimo e competente Joel Paese. 
 
O marqueteiro cuiabano já teve análises e artigos publicados nacionalmente, inclusive sendo citado, sobre política nacional, pelo articulisto e analista político liberal Rodrigo Constantino.
 
Onde eu quero chegar? O sistema eleitoral brasileiro foi montado para que os mandatários não perdessem seus espaços e novatos não consiguissem se eleger. Onde já se viu 45 dias de campanha, onde podemos compreender no máximo 30 dias, na prática e efetivamente?
 
Muitos políticos já compreenderam esse fator negativo trazido pela legislação e já começaram suas andanças, guerra política, articulações e entrevistas.
 
O tema conservadorismo é novo, embora não devesse ser. Pouquíssimo explorado, principalmente nas universidades públicas dominadas pelos esquerdistas em razão da “tática do domínio” formulada por Antônio Gramsci. 
 
Por conta disso, o pensamento conservador presente na política é, relativamente novo, o que exige domínio de conhecimento para posicionar-se em público. 
 
Muitos políticos começaram a entender que o estilo “isentão” não colará mais, já que a população está exigindo que seus candidatos revelem suas posições sobre diversos temas considerados, até pouco tempo, como tabus ou polêmicos. 
 
Nos últimos anos observei uma onda de políticos aderindo ao partido NOVO, com uma roupagem mais empresarial e defensora do livre mercado, estado mínimo e da economia; ao PSL de Bolsonaro, um partido conservador, defensor das pautas econômicas liberais e com viés essencialmente pareado com o NOVO, porém com a predominância da defesa das tradições e da cultural ocidental sobre o tema econômico.
 
Porém, os “cacoetes ideológicos” ainda tornam os políticos de direita verdadeiros difusores da narrativa da própria esquerda. 
 
Ao falar sobre temas diversos como aborto, economia, desburocratização da máquina pública, sistema educacional brasileiro, segurança pública, desarmamentismo, adoção de crianças por homossexuais, legalização de drogas, feminismo, machismo, politicamente correto - muitos que simpatizam com o conservadorismo estão perdendo o debate por puro despreparo e falta de informações corretas. 
 
Em Mato Grosso, poucos conservadores escapam dos erros de narrativas. E, os pretensos pré-candidatos tem pouco tempo para se prepararem.
 
De acordo com uma das melhores cabeças pensantes do país, o professor Olavo de Carvalho, precisaremos de uma geração inteira para retomar a linguagem e desmistificar as narrativas e teses esquerdistas, porém já estamos perdendo o bonde da história.
 
Se essa nova turma da direita não se atentar e não se preparar para o enfrentamento que já está ocorrendo, iremos, na verdade precisar de duas gerações.
 
Até pouco tempo, dizer-se de direita ou chamar alguém de direitista era um xingamento, a verdade começou a aparecer e a direita já é temida pelos sociais democratas e pela extrema esquerda. Mas não podemos contar com a sorte. O que a direita precisa e quer, é debater com os liberais e com a esquerda, pois a direita usa uma arma infalível, a verdade, estudos sérios, ciência e as tradições. 
 
Não é à toa que ser conservador significa defender o tripé que forma os valores da civilização ocidental: o direito romano, o cristianismo e a filosofia grega. 
 
Somos abertamente contra ideologia de gênero e ao aborto amplo, livre e irrestrito falseado pela linguagem feminista do lema “meu corpo, minhas regras” que esconde a ambição pelo lucro de grupos ainda manifestadamente ocultos e verdadeiros anti-cristãos. 
 
Defendemos um Estado forte em educação, saúde, segurança e Justiça. Somos adeptos da eficiência na aplicação das leis e conscientes de que somente uma economia de livre mercado e que estimule o empreendedorismo é capaz de ofertar, às diversas gerações, oportunidades de emprego e aquilo que a esquerda chama de “inclusão social”. 
 
Diferente dos pensadores de esquerda, nós, conservadores, não rejeitamos o contraditório para viver numa bolha de pensamento único. 
 
Acreditamos que existem sim muitos problemas no mundo, mas todos devem ser resolvidos sem a ruptura com a base moral e legal da sociedade, construída tijolo a tijolo por milênios. O sistema deve ser reformado ao longo do tempo, não destruído e recriado do zero.
 
Uma rápida conversa com um simpatizante de esquerda será o suficiente para identificar a crença que o mundo está organizado de forma errada e injusta.
 
Em suas avaliações, o sistema de leis e costumes que nos governam “são opressivos” e não devem ser respeitados, além da clara evidência de não dar espaço ao contraditório e viver numa esfera eterna de patrulhamento ideológico. 
 
Todo esquerdista mantém esse desejo manifesto ou secreto de destruição completa do ordenamento natural e milenar da sociedade para imposição de uma nova ordem, da construção do "novo homem". Chegam ao cúmulo de questionar a biologia que define o que é masculino e feminino. 
 
 
Aceitam qualquer quebra de valores para impor seus projetos. Não é à toa que relativizam assaltos, como a filósofa Márcia Tiburi, e defendem de forma cega, rouca, louca e intransigente figuras nefastas como José Dirceu e Lula que, juntos organizaram o diabólico “Foro de São Paulo” e o maior assalto ao patrimônio público na história da humanidade por meio do famigerado Petrolão. E, se abrirem a “caixa preta” do BNDES?
 
Com o evidente fracasso da esquerda, cabe ao conservador a consciência de organização e munir-se das narrativas corretas e assim parar de perder para si mesmo. 
 
RAFAEL COSTA é jornalista em Cuiabá