Em mais um ato que revela a natureza autoritária do regime venezuelano, o ditador Nicolás Maduro mobilizou seu aparato estatal para prender 32 pessoas, incluindo civis e militares, sob alegações duvidosas de "traição à pátria". Estas prisões, anunciadas pelo Ministério Público nesta segunda-feira (22), são vinculadas a cinco supostas "conspirações" para assassinar Maduro, com uma suposta colaboração dos Estados Unidos, uma narrativa frequentemente usada para justificar ações repressivas.
Em mais um ato que revela a natureza autoritária do regime venezuelano, o ditador Nicolás Maduro mobilizou seu aparato estatal para prender 32 pessoas, incluindo civis e militares, sob alegações duvidosas de "traição à pátria". Estas prisões, anunciadas pelo Ministério Público nesta segunda-feira (22), são vinculadas a cinco supostas "conspirações" para assassinar Maduro, com uma suposta colaboração dos Estados Unidos, uma narrativa frequentemente usada para justificar ações repressivas.
O procurador-geral Tarek William Saab, conhecido por sua lealdade ao regime, ampliou o alcance dessa caçada ao emitir mandados de prisão contra mais 11 indivíduos, incluindo ativistas de direitos humanos, jornalistas e soldados exilados. Saab declarou com um tom de finalidade inquestionável que "todos os detidos estão condenados, confessaram e revelaram informações sobre os planos contra a maioria do povo venezuelano e a sociedade democrática. Não haverá contemplações legais e jurídicas contra qualquer um desses indivíduos".
Esta narrativa de conspiração não é nova no discurso de Maduro. No dia 15 de janeiro, ele já havia levantado suspeitas de complôs contra seu governo perante o Parlamento, uma estratégia comum para desviar a atenção das crises internas e justificar a repressão.
O ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, também foi citado como alvo dessas supostas conspirações. Padrino mencionou que as operações contra esses planos estavam em sigilo, coincidindo com negociações entre Maduro e os EUA, resultando na libertação de prisioneiros venezuelanos e na redução de algumas sanções americanas.
Curiosamente, Padrino acusou "a extrema direita venezuelana" de estar por trás desses planos, atribuindo-lhes o "apoio" da CIA e da Agência Americana Antidrogas (DEA). Essa retórica espelha as frequentes denúncias de Maduro, que costuma apontar os EUA, a oposição venezuelana e narcotraficantes colombianos como os arquitetos de conspirações para derrubá-lo.
Estas ações recentes do governo Maduro são um reflexo contundente da sua governança autoritária, onde a acusação de conspiração serve como uma ferramenta conveniente para silenciar e reprimir qualquer forma de dissidência. Sob a sombra do chavismo, a Venezuela continua a enfrentar uma erosão constante de sua democracia e liberdade, enquanto Maduro se posiciona para a reeleição em 2024, perpetuando um ciclo de opressão e desrespeito aos direitos humanos.