O secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, afirmou que não sabe quais as acusações que levaram a decisão do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica, bem como o seu afastamento do cargo de secretário e da função de delegado.
A decisão acatou a uma solicitação feita pela delegada da Polícia Civil, Ana Cristina Feldner, responsável pelo inquérito do TJ que apura o esquema de escutas ilegais operado no âmbito da Polícia Militar em Mato Grosso.
O secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, afirmou que não sabe quais as acusações que levaram a decisão do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça, que determinou o uso de tornozeleira eletrônica, bem como o seu afastamento do cargo de secretário e da função de delegado.
A decisão acatou a uma solicitação feita pela delegada da Polícia Civil, Ana Cristina Feldner, responsável pelo inquérito do TJ que apura o esquema de escutas ilegais operado no âmbito da Polícia Militar em Mato Grosso.
Jarbas é acusado de tentar atrapalhar e intimidar as equipes envolvidas na investigação dos grampos ilegais, além de cometer crimes de abuso de autoridade, usurpação de função pública, denunciação caluniosa e prevaricação.
“Na verdade eu nunca acompanhei as investigações. Vou negar o que? Não sei nem do que eu sou acusado. Não sei nem o que ela fez nesse trabalho”, disse Jarbas ao chegar ao Palácio Paiaguás, onde se reuniu com o secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho.
Em seguida, ele se dirigiu ao Tribunal de Justiça supostamente para tomar ciência da decisão do desembargador Orlando Perri. Ele esteve escoltado por um grupo de aproximadamente 20 delegados da PJC que o acompanharam como forma de “apoio” ao secretário.
No local, ele conversou por cerca de cinco minutos com a vice-presidente do TJ, desembargadora Marilsen Andrade. Depois de intimidado, Jarbas seguiu para o Fórum da Capital para realização de audiência para colocação da tornozeleira eletrônica no Juízo da 11ª Vara Criminal.
De acordo com o juiz Bruno D’Oliveira Marques, Jarbas chegou ao local pela carceragem para a audiência onde o magistrado ira informá-lo sobre as medidas cautelares impostas e a informação de que o descumprimento pode ensejar em sua prisão.
“Ele está aqui no Fórum da Capital. É um processo sigiloso, então, não é possível (acompanhar a audiência). Mas a audiência se destina ao cumprimento da decisão judicial”, disse.
Busca e apreensão – Além do afastamento e uso da tornozeleira, o desembargador Perri determinou medidas cautelares como busca e apreensão no gabinete do secretário e em todas as dependências da secretaria, bem como a apreensão dos celulares utilizados por Jarbas.
O mandado foi cumprido pelos delegados Ana Cristina e Flavio Stringueta, que declinou da investigação do inquérito por problemas de saúde no mês de julho. A busca resultou na apreensão de três caixas com documentos que, em tese, são necessários para a investigação dos grampos ilegais.
Karine Miranda
A Gazeta