04/06/2018 às 10h46

ALMT firma contrato para pagar R$ 17 mil em notebook, mas o MacBook Pro da Apple ficaria mais barato

Mais uma vez a sociedade se pergunta o que faz um deputado?

Política

ALMT firma contrato para pagar R$ 17 mil em notebook, mas o MacBook Pro da Apple ficaria mais barato

Foto reprodução Web

Se a resposta for sobre os que compõem a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), poderemos dizer que entre outras coisas, costuma servir para adquirir computadores ao custo de R$ 17.720 mil cada.

Em 7 de junho de 2017, o presidente da Casa, deputado Eduardo Botelho (DEM), juntamente com o 1º secretário, Guilherme Maluf (PSDB) assinaram um contrato de nº 025/2017 com a empresa Data Manager para aquisição de 50 computadores notebook, entre equipamentos e mochilas, com valor total do contrato de R$ 900 mil.

De acordo com o contrato, a validade do certame é de 12 meses, podendo ser prorrogado. Os computadores devem ser do modelo notebook “Workstation” e da marca Lenovo. Este modelo possui capacidade de processamento de cálculos e gráficos superior aos comuns. Ao todo, o contrato exige 71 especificações para os notebooks.

Dentre as especificações técnicas exigidas estão processador com arquitetura x86 de 64 bits, memória 16GB PC3 12800 DDR3 1600MHz e sistema operacional Windows 8 64 bits Professional OEM.

No entanto o alto preço de cada computador chamou atenção, isso porque existem outros produtos como o “Mac Book Pro” da gigante APPLE, um dos melhores notebooks do mundo, para uso profissional e edição gráfica, com custo unitário inferior ao adquirido pela ALMT.

Vamos ao exemplo, na compra unitária de um MacBook Profissional, o comprador desembolsará menos de R$ 17 mil. Partindo do valor de 9 mil, já encontramos uma das melhores configurações da fabricante americana, e neste valor já estão embutidos os altos e gordos impostos de importação no Brasil; outra configuração do MacBook Pro poderia chegaria no valor de aproximadamente R$ 15 mil, ou seja, uma economia de R$ 2.720,00(dois mil setecentos e vinte reias) por unidade.

Com a repercussão nas redes sociais de que o contrato é, no mínimo, suspeito, por conta do alto preço do produto adquirido, a ALMT já informou que a compra não foi efetivada.

Os documentos relativos ao pregão, que registrou os preços dos computadores, foram entregues ao Ministério Público do Estado (MPE), que investiga a aquisição.

OUTRO LADO

Confira nota da Assembleia na íntegra:

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) encaminhou ao Ministério Público do Estado (MPE), conforme requerido, todos os documentos relativos ao lote 03 do pregão presencial da modalidade registro de preço 001/2017. O processo foi realizado em janeiro do ano passado para possível aquisição de computadores notebooks do tipo “Workstation”.

O processo de registro de preço é uma ferramenta adotada para habilitar empresas a fornecer ou prestar serviços à Assembleia Legislativa, podendo o contrato ser ou não executado.

Apesar da legalidade do pregão presencial 001/2017, os produtos licitados nunca foram adquiridos e, portanto, não houve aquisição de computadores nem pagamento a fornecedores.

Vale ressaltar que, tais informações constam no portal transparência: www.al.mt.gov.br. E estamos à disposição do veículo para quaisquer esclarecimentos, se houver necessidade.

Secom – Secretaria de Comunicação Social da Assembleia Legislativa de MT

Redação com Gazeta Digital