Segundo pesquisadores envolvidos no experimento chamado “Ano dos Oceanos Silenciosos”, os lockdowns e restrições sociais reduziram o tráfego de navios de carga em escala que seria “impossível” de outra maneira, afirma Peter Tyack, professor da Universidade de St. Andrews, Escócia.
Segundo pesquisadores envolvidos no experimento chamado “Ano dos Oceanos Silenciosos”, os lockdowns e restrições sociais reduziram o tráfego de navios de carga em escala que seria “impossível” de outra maneira, afirma Peter Tyack, professor da Universidade de St. Andrews, Escócia.
Oceanógrafos de todo planeta se juntaram para investigar os efeitos do “momento único de silêncio” causado sobre espécies marítimas, com o objetivo de estudar a acústica dos oceanos antes, durante e após a pandemia. Ao todo, 200 sensores acústicos subaquáticos distribuído pelo mundo foram acionados.
“A ideia é usá-los para medir as diferenças no ruído e como elas afetam a vida marinha — como o canto das baleias ou os sons emitidos por cardumes”, afirma Tyack. Com dados obtidos, os pesquisadores pretendem aproveitar a oportunidade para avaliar os impactos da poluição sonora nos oceanos.
“A poluição e a mudança climática tiveram um impacto enorme nos oceanos do planeta — mas a questão do barulho é que é relativamente fácil diminuir o volume”, ressalta o professor. Publicado recentemente na revista Science, os ambientalistas têm como alvo as atividades de navegação, construção, militar e pesquisas submarinas nas áreas de petróleo e gás estão “abafando” a acústica natural do oceano.