No programa Boletim da Noite do Terça Livre, os analistas Allan dos Santos e Mário Oliveira avaliaram a situação do cenário eleitoral brasileiro e o desespero do PSDB na articulação do chamado “centrão” para conseguir levar Geraldo Alckmin ao segundo turno.
Na realidade, o centrão acaba agrupando forças da esquerda, como o PSDB e outras siglas que já tiveram suas relações com o PT.
No programa Boletim da Noite do Terça Livre, os analistas Allan dos Santos e Mário Oliveira avaliaram a situação do cenário eleitoral brasileiro e o desespero do PSDB na articulação do chamado “centrão” para conseguir levar Geraldo Alckmin ao segundo turno.
Na realidade, o centrão acaba agrupando forças da esquerda, como o PSDB e outras siglas que já tiveram suas relações com o PT.
Portanto, em foco está a formação do “centrão”, que tem tentado reunir todas as forças políticas que contribuíram com a construção do estamento burocrático. Mario Oliveira lembra que o PSDB sempre fez de tudo para evitar a derrubada do estamento liderado pelo Partido dos Trabalhadores, nos governos do ex-presidente condenado Lula (PT) e da ex-presidente alvo de impeachment Dilma Rousseff (PT).
Oliveira lembrou que, ainda na época do mensalão, o próprio Alckmin trabalhou para evitar uma possível abertura de processo de impeachment de Lula.
“O PSDB foi quem engavetou o pedido de impeachment no mensalão. Depois, quando a gente pega os escândalos do petrolão e o desfecho do impeachment, os caciques do PSDB começam a evitar a palavra impeachment. Eles trabalhavam ainda como uma possibilidade. O Alckmin foi contra. O Alckmin foi contra a prisão do Lula. Agora, ele fala que o Lula não poderia ser mantido preso. Na mesma linha segue o FHC”, frisou Mário Oliveira.
O analista ainda coloca: “Eles falam muito do centrão. O centrão está desesperado. Ele está sendo liderado pelo Democratas, pelo PRB, pelo PSDB e estão vendo uma candidatura do Alckmin não indo para a frente e arriscado não ser o nome do partido”.
Mário Oliveira ainda salientou a possibilidade remota de Henrique Meirelles e a estratégia de negociação com o presidenciável Ciro Gomes (PDT).
“Eu quero falar aqui um dado interessante: partidos como o Democratas, PRB e outras siglas. O Democratas sempre foi aquele partido vendido. Na época em que houve a divisão entre o Democratas e o PSD, que mais de 2/3 do partido sai da legenda e vai para o Gilberto Kassab, todo mundo virou ministro do PT e de Dilma Rousseff. O Democratas sempre foi uma muleta do PSDB e para se sustentar teve que começar a andar com o pires na mão”, frisou.
O Centrão está em busca de tempo de televisão e o fundo partidário, que está concentrado nos grandes partidos. “Então, em uma eleição onde se precisa de nomes que ressaltem aos olhos da opinião pública, eles tem que negociar porque não conseguem chegar a esse nome”, pontuou Mário Oliveira.