O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, começará neste domingo (9) uma viagem de trabalho na América Latina, na qual encontrará os líderes da Argentina, Paraguai, Colômbia e México. O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou como "histórica" a missão porque se trata da primeira visita de um premier israelense no cargo ao continente.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, começará neste domingo (9) uma viagem de trabalho na América Latina, na qual encontrará os líderes da Argentina, Paraguai, Colômbia e México. O Ministério das Relações Exteriores de Israel classificou como "histórica" a missão porque se trata da primeira visita de um premier israelense no cargo ao continente.
"É inconcebível que nós jamais tenhamos visitado essa parte enorme da humanidade. Mas, agora , nós decidimos mudar isso", disse Netanyahu antes de partir para os funcionários do Ministério. Essa visita é mais uma de uma certa mudança de postura do governo, que visitou áreas pouco visitadas, como o Extremo Oriente, a Índia, o continente africano e o leste europeu.
"A viagem é o ápice de uma aproximação entre Israel e os países da América Latina", disse à imprensa o vice-diretor geral para a América Latina do Ministério das Relações Exteriores, Modi Efraim.
Para favorecer isso, explica o Ministério, também está a "queda de governos populistas de esquerda" e a formação de executivos mais abertos por parte de Israel. Acompanhado de dezenas de empresários, Netanyahu verá em quatro dias o presidente argentino, Mauricio Macri, o do Paraguai, Horácio Cartes, que estará em Buenos Aires, o colombiano Juan Manuel Santos e o mexicano Enrique Peña Nieto. Com eles, assinará acordos de cooperação nos setores de tecnologia, da agricultura e das comunicações. "Na América Latina, há uma verdadeira sede para nossas inovações", disse Netanyahu. E é esse um dos pontos que o premier usará para aumentar a presença israelense no mundo.
"Nós desenvolvemos nossa potência econômica e tecnológica, o que nos consente desenvolver também aquela militar e de inteligência. A combinação desses fatores vem o serviço de nossas atividades diplomáticas", acrescentou. Além disso, no continente, Netanyahu manterá o discurso sobre o "perigo" para a estabilidade mundial representado pelo Irã. Não por acaso, Buenos Aires foi escolhida para a viagem. A cidade foi palco de um ataque terrorista nos anos 1990, que foi atribuído aos grupos iranianos, contra a embaixada de Israel e da sede da organização judaica Amia. Com as autoridades argentinas, ainda será assinado um acordo para a transferências de uma cópia eletrônica de cerca de 100 mil documentos relativos à Segunda Guerra Mundial que "permitirão melhorar a compreensão do Holocausto e dos crimes contra a humanidade".
Da visita, ficará de fora o Brasil. Há dois anos, as autoridades brasileiras se recusaram a conceder as credenciais ao novo embaixador de Israel para o país porque ele foi um dos dirigentes do movimento dos colonos - que causa diversas crises com os palestinos. "Mas, esse incidente é passado", garantem as autoridades de Jerusalém. Como foi superado também problemas causados pelo próprio Netanyahu, que fez um comentário favorável ao muro desejado pelo presidente norte-americano, Donald Trump, na fronteira com o México.
Com informações da Ansa.