A sonda espacial Dawn, o principal "caçador de asteroides" da NASA, completa hoje sua primeira década de existência no espaço. Ela nos aproxima da resolução do enigma sobre o nascimento da Terra.
A sonda espacial Dawn, o principal "caçador de asteroides" da NASA, completa hoje sua primeira década de existência no espaço. Ela nos aproxima da resolução do enigma sobre o nascimento da Terra.
A sonda espacial norte-americana Dawn, foi lançada pela NASA no fim de setembro de 2007. Ela se tornou o primeiro aparelho que, após estudar um astro, um dos maiores asteroides — Vesta, dirigiu-se a outro corpo celeste, o planeta anão mais próximo do nosso — Ceres.
Ambos os astros acabaram sendo, para surpresa dos cientistas, corpos celestes com estrutura complexa, que hoje em dia são considerados "embriões de planetas", que pararam de se desenvolver nas primeiras etapas do Sistema Solar.
Durante os dez anos de trabalho da sonda foram feitas várias descobertas. Nomeadamente, a Dawn descobriu no Vesta a mais elevada montanha do Sistema Solar. Em seguida, a sonda descobriu que o asteroide Vesta possuía uma espécie de crosta e manto, o que o assemelha a planetas e não a outros astros pequenos.
Mais descobertas estavam à espera da sonda em Ceres, que ele alcançou e começou a estudar três anos atrás. As primeiras imagens de Ceres, recebidas da sonda em 2015, mostraram duas estruturas estranhas — misteriosas manchas brancas na cratera Occator e uma montanha piramidal Ahuna Mons de quatro quilômetros.
Mais posteriormente, a Dawn e sua missão descobriram que a Ahuna era na verdade um criovulcão "apagado", enquanto as manchas brancas acabaram sendo uma fonte da atmosfera temporária de Ceres, formada por vapor de água. Além disso, em outras zonas, cientistas encontraram camadas finas de gelo, que indicaram que a superfície de Ceres se renova constantemente, ou então a água em estado sólido já teria se evaporado ao espaço.
"Nossa sonda espacial superou todas as expectativas em dez anos, fornecendo-nos muita informação inestimável sobre os dois corpos celestes relictos, preservados desde o nascimento do Sistema Solar", disse Christopher Russell, diretor científico da missão Dawn, citado pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA.
No total, sublinha o cientista, a Dawn voou cerca de seis bilhões de quilômetros, recebendo aproximadamente 88 mil imagens da superfície dos dois asteroides.
Apesar de vários acidentes e problemas com o motor, o "caçador de asteroides" continua funcionando na órbita de Ceres em busca de novas imagens.
Com informações do Sputnik News.