27/07/2023 às 08h01

Anúncio do FED mostra nova alta de juros deixando EUA com o maior nível em 22 anos

Com esse último ajuste, representa um acréscimo de 0,25 ponto percentual, assim, elevando os juros de referência dos Estados Unidos

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Anúncio do FED mostra nova alta de juros deixando EUA com o maior nível em 22 anos

Foto: Reuters

O Comitê de Política Monetária (FOMC) do Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, fez um anúncio de um novo aumento das taxas de juros nesta quarta-feira passada.

Com esse último ajuste, representa um acréscimo de 0,25 ponto percentual, assim, elevando os juros de referência dos Estados Unidos da América para a faixa entre 5,25% a 5,5% - o maior patamar em mais de duas décadas.

O Comitê de Política Monetária (FOMC) do Federal Reserve (FED), o banco central dos Estados Unidos, fez um anúncio de um novo aumento das taxas de juros nesta quarta-feira passada.

Essa medida, veio após uma breve pausa no mês passado, quando FED decidiu manter a taxa estável em meio a sinais de potencial desaceleração na economia norte americana.

Até o momento, foram registrados 10 aumentos consecutivos em um período de quase um ano e meio. O banco central americano tem trabalhado para conter uma inflação em constante crescimento que, no ano passado, ultrapassou 9%, marcando as maiores oscilações em 40 anos.

Existe uma grande expectativa entre economistas, tanto domésticos quanto internacionais, para futuros aumentos. Essa percepção é que o FOMC poderia sinalizar mais aumentos nos próximos meses. No comunicado mais recente, embora um tanto quanto vago, o comitê não descartou um novo aumento.

O FOMC afirmou que “estará preparado para ajustar o ritmo da política monetária de maneira apropriada se surgirem riscos que possam impedir a realização do seu objetivo”. Enquanto isso, a inflação do país, que vem mostrando claros sinais de desaceleração, foi do 3% em junho, com a meta de logo prazo estabelecida em 2%. Além disso, o FED tem a responsabilidade de buscar o pleno emprego.

Segundo o comunicado do FOMC, “indicadores recentes sugerem que a atividade econômica tem se expandido a um ritmo moderado. A geração de empregos tem sido forte nos últimos meses e a taxa de desemprego permanece baixa. A inflação, entretanto, continua alta”.

A decisão sobre futuros aumentos de juros e seus respectivos valores, o FED observará continuamente os efeitos de seus aumentos anteriores na economia e nos preços. “O Comitê vai continuar avaliando informações adicionais e suas implicações para a política monetária” destaca o comunicado, acrescentando que o FOMC está fortemente comprometido em trazer a inflação de volta ao objetivo de 2%.