O nerd da Folha de São Paulo, Átila Iamarino, que era conhecido por explicar cientificamente os poderes de super-heróis dos quadrinhos em um podcast, defendeu em sua coluna que autoridades sejam mais autoritárias com os cidadãos durante a pandemia, com a justificativa de “salvar vidas”. As previsões erradas do nerd e influencer especialista em vídeo games e pandemias para a grande mídia viraram piada nas redes sociais, principalmente depois que Átila, que se diz cientista, começou a virar “garoto propaganda” do combate às fake news, o que muitos encaram como uma piada pronta.
O nerd da Folha de São Paulo, Átila Iamarino, que era conhecido por explicar cientificamente os poderes de super-heróis dos quadrinhos em um podcast, defendeu em sua coluna que autoridades sejam mais autoritárias com os cidadãos durante a pandemia, com a justificativa de “salvar vidas”. As previsões erradas do nerd e influencer especialista em vídeo games e pandemias para a grande mídia viraram piada nas redes sociais, principalmente depois que Átila, que se diz cientista, começou a virar “garoto propaganda” do combate às fake news, o que muitos encaram como uma piada pronta.
O “cientista”, autor da apocalíptica previsão de que morreriam 1 milhão de mortos durante o ano de 2020 por causa da pandemia, escreveu, em seu artigo “Autoritarismo necessário”, que se o mundo quiser realmente combater as “fake news” e a desinformação, terá que fazer com que algumas opiniões sejam definitivamente banidas do debate público.
O alerta fascista do perito em epidemias e super-heróis surge logo após um dos mais violentos ataques à liberdade de expressão, perpetrado pelas chamadas big techs, empresas de tecnologia que controlam as redes sociais e sites de busca.
Em sua coluna, o jovem Iamarino sugere que o governo brasileiro esteja “matando milhões de pessoas” ao apostar no tratamento precoce da doença, ao invés de manter as pessoas confinadas e obrigar o uso de máscaras para todos. O dinheiro usado em remédios, para ele, está sendo desperdiçado e o certo mesmo seria suspender todos os direitos civis para “conter as mortes”.
“No Brasil, investimos milhões que fazem muita falta em comprimidos de cloroquina que não tratam Covid. E a política de saúde nacional substituiu distanciamento e máscara para evitar o vírus, que ainda não são recomendados pelo Ministério da Saúde, por “se exponha e faça tratamento precoce”. Informação errada que mata”, diz o aficionado por ficção científica, contrariando todas recomendações universais para todas as doenças, baseada no tratamento a partir dos primeiros sintomas.
O fã de Pokemon quer tratar os saudáveis primeiro para evitar que virem zumbis. Antes e após a infecção, o tratamento ideal do nerd é a privação de liberdade.
“Tamarindo”, como é chamado, é famoso na esfera geek ou nerd, onde doutorou-se em suas paixões do entretenimento, como biologia e super-heróis e pandemias. Átila já explicou como funciona as esferas de Pokemon e solucionou alguns mistérios científicos da nova série Star Wars, sobre o o Baby Yoda. Ele é um dos principais colaboradores do canal Merdologia, no Youtube, onde faz suas previsões pessimistas sobre realidades ficcionais.
Mas Àtila não lê apenas quadrinhos. Nas hora vagas, dedica-se a leituras edificantes, como o livro The Misinformation Age (A era da desinformação), de James Owen Weatherall e Cailin O’Connor, que citou na sua coluna. Segundo jovem nerd, o livro defende que algumas ideias sejam suprimidas do “debate público” para vencer a era da desinformação. O livro, publicado em 2019 pela Universidade de Yale, utiliza modelos matemáticos para explicar a disseminação e crença em notícias falsas. Um dos autores é matemático e a outra é bióloga e também busca explicações biológicas para fatores sociais e políticos.
Os autores do livro citado pelo nerd também escreveram, juntos, um artigo científico no qual defendem o uso de estratégias comerciais para convencer as pessoas na direção de um certo viés científico, visto como verdadeiro. Na pesquisa, How to Beat Science and Influence People: Policymakers and Propaganda in Epistemic Networks, os autores usam como exemplo a “estratégia do tabaco”, na qual empresas se utilizaram de estudos científicos previamente selecionados para “ganhar” a mídia e convencer as pessoas. O artigo propõe uma estratégia semelhante para usar o jornalismo como instrumento involuntário de convencimento “da verdade”.