O segmento norte da Muralha foi construído para monitorar o movimento da população civil.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, reconstruiu o traçado de um trecho da Grande Muralha da China construído nas estepes da Mongólia, que foi esquecido pelos historiadores.
O segmento norte da Muralha foi construído para monitorar o movimento da população civil.
Uma equipe de pesquisadores da Universidade Hebraica de Jerusalém, em Israel, reconstruiu o traçado de um trecho da Grande Muralha da China construído nas estepes da Mongólia, que foi esquecido pelos historiadores.
O professor Gideon Shelach-Lavi, diretor da pesquisa, afirmou¹, nesta terça-feira (9), que o trecho foi construído para controlar as populações nômades:
“A construção desta parte da Grande Muralha é um grande projeto da Idade Média que paradoxalmente é muito pouco citado em documentos históricos.”
A Grande Muralha, incluída no Patrimônio Mundial da Unesco, é um conjunto de fortificações militares construídas no norte da China desde o século III a.C., com o objetivo de defender o país de invasões do norte.
O arqueólogo aponta que, por causa da sua localização geográfica muito remota, esta é a primeira vez que essa parte da muralha é estudada detalhadamente.
Para determinar o traçado exato do trecho, Shelach-Lavi viajou com sua equipe e usou imagens de satélite e aéreas.
O arqueólogo israelense completou²:
“No começo, os pesquisadores pensaram que esta seção tivesse sido construída para defender a população local do Grande Khan e suas hordas nômades. Mas parece que não foi um muro militar para se proteger de invasões. De certa forma, era uma espécie de ferramenta política interna.”
O comprimento total da Grande Muralha é estimado em cerca de 9 mil quilômetros, ou mesmo 21 mil quilômetros, se as partes ausentes forem consideradas.