Os incêndios florestais que consomem o leste de Atenas, na Grécia, provocaram a morte de 79 pessoas, duas delas divulgadas pelo corpo de bombeiros grego na manhã desta quarta-feira(25), segundo informações da Reuters. O número de feridos se manteve em 187, incluindo 23 crianças. As autoridades gregas esclareceram que ainda não existe um número oficial das pessoas que permanecem desaparecidas.
Os incêndios florestais que consomem o leste de Atenas, na Grécia, provocaram a morte de 79 pessoas, duas delas divulgadas pelo corpo de bombeiros grego na manhã desta quarta-feira(25), segundo informações da Reuters. O número de feridos se manteve em 187, incluindo 23 crianças. As autoridades gregas esclareceram que ainda não existe um número oficial das pessoas que permanecem desaparecidas.
A brasileira Tuca Oliveira, moradora de Rafina, cidade localizada no oeste da Grécia, conta que teve de deixar sua residência após ver as chamas de um dos piores incêndios florestais da história do país. Tuca vive na Grécia há dois anos e trabalha como videomaker, em entrevista ao 'G1', ela relatou que juntamente com o marido, o grego Freddy Stefanakis, notaram algo errado quando viram a movimentação intensa de aeronaves que acabavam sumindo na fumaça que se tornava cada vez mais densa.
"Em 20 minutos, pegamos os documentos, passaporte, e saímos com a roupa do corpo" relatou a brasileira após notar as chamas.
A videomaker relatou que quando ela e o marido pegaram um dos carros para fugir das chamas que ela se deu conta da gravidade do incêndio.
"Desesperador, porque a gente olhava para trás e percebia quantas pessoas iam morrer. Era muito óbvio que as pessoas não conseguiriam se salvar." relatou.
Ela conta ainda que os ventos fortes faziam o incêndio se espalhar com muita velocidade. "Era como uma onda de fogo muito rápida. Queimava o que dava para queimar e seguia" descreveu.
O casal dirigiu pela avenida Maratona, saindo de Rafina, cidade que fica a 30 quilômetros a leste da capital da Grécia, Atenas. A brasileira conta que ao chegar na cidade, os dois procuraram um quarto para passar a noite, por meio de um serviço de aluguéis online.
"Assim que a gente falou que era de Rafina, ele [o locatário] ofereceu o quarto de graça. O povo grego é muito solidário" contou Tuca Oliveira.
Apesar do susto, e de ter vivido momentos de desespero a brasileira conta que ela e o marido voltaram a sua casa na última terça-feira(24) para contabilizar os estragos. Ao chegar em sua residência em Rafina eles viram que as chamas apenas danificaram a fachada do prédio onde o casal mora, mas o fogo não chegou a atingir a parte interna do apartamento.
"Demos muita sorte, porque outras partes da cidade ficaram em cinzas" declarou.