O Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo, iniciou a produção da CoronaVac, candidata a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela chinesa Sinovac, e terá capacidade de 1 milhão de doses diárias do potencial imunizante, disse nesta quinta-feira o governador paulista, João Doria (PSDB).
O Instituto Butantan, ligado ao governo do Estado de São Paulo, iniciou a produção da CoronaVac, candidata a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela chinesa Sinovac, e terá capacidade de 1 milhão de doses diárias do potencial imunizante, disse nesta quinta-feira o governador paulista, João Doria (PSDB).
Em entrevista coletiva na sede do instituto, Doria disse que a produção será feita com base em insumos recebidos pelo Butantan da Sinovac.
“A fábrica do Butantan, que funcionava em escalas, passará a partir de agora a funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. Já autorizamos ao Instituto Butantan a contratação de mais 120 técnicos para reforçar a produção da vacina. Os novos profissionais vão se juntar aos 245 que já estão diretamente envolvidos na produção”, disse Doria.
“Com isso, a capacidade de produção da vacina chegará a 1 milhão de doses por dia”, garantiu o governador.
Doria anunciou nesta semana disse que a vacinação contra Covid-19 começará no Estado com a CoronaVac em 25 de janeiro, embora a candidata a vacina ainda não tenha sequer pedido de uso emergencial apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Segundo o governador, além de São Paulo, outros 11 Estados e mais 912 municípios entraram em contato com o Butantan com a intenção de adquirir a CoronaVac. Manifestaram intenção de adquirir a CoronaVac para imunizar seus profissionais de saúde os governos de Acre, Pará, Maranhão, Roraima, Piauí, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Sul, de acordo como governo paulista.
Doria anunciou nesta semana, ao divulgar o plano estadual de vacinação, que o Estado vai disponibilizar 4 milhões de doses da CoronaVac para outros Estados.
Há ainda conversas para exportar imunizantes para países da América Latina, sendo a mais avançada com a Argentina, disse o presidente do Butantan, Dimas Covas, que também participou da coletiva.
O Butantan espera ter 100 milhões de doses da CoronaVac até maio e outras 40 milhões de doses para países latino-americanos.
Dimas Covas disse, ainda, que o custo por dose da CoronaVac para Estados e municípios fora de São Paulo será de 10,30 dólares, mesmo valor que foi oferecido ao Ministério da Saúde caso a pasta decida incluir a CoronaVac no Plano Nacional de Imunização, o que o presidente do Butantan disse esperar que aconteça.
Ele manifestou a expectativa de que a CoronaVac obtenha aprovação da agência regulatória da China ainda este ano. “Muito rapidamente significa antes do final deste ano”, afirmou.
Ele lembrou uma lei federal que determina que, uma vez aprovada por uma das agências sanitárias de Estados Unidos, União Europeia, Japão e China, uma vacina precisa ser analisada em 72 horas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deverá decidir se valida ou não o registro.
“Obviamente que isso não significa que ela (Anvisa) tem que endossar integralmente. Ela pode rejeitar ou aceitar, mas ela terá que fazer isso em 72 horas”, explicou. “Esse é o caminho alternativo, porque o ideal seria pelo rito normal ou pelo uso emergencial.”