Com a polêmica de aplicação de multas por meio de videomonitoramento que deve começar a valer daqui a 120 dias, vereadores da capital criticam que estes investimentos devem ser mais eficazes e não apenas punir motoristas.
Com a polêmica de aplicação de multas por meio de videomonitoramento que deve começar a valer daqui a 120 dias, vereadores da capital criticam que estes investimentos devem ser mais eficazes e não apenas punir motoristas.
A Central de Monitoramento instalado na Secretaria de Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) deve, a princípio, punir quem trafegar pela faixa exclusiva de ônibus, além de flagrarem motoristas que estiverem cometendo algum tipo de irregularidade.
Parlamentares do legislativo da capital propõe que este serviço de fiscalização deve ser feito para melhorar outras deficiências no trânsito e não somente utilizados como forma de punição.
O vereador Abílio Júnior (PSC), defendeu o uso das imagens de videomonitoramento para melhoria das sinalizações, transporte público e resolução dos problemas de acessibilidade e mobilidade urbana.
"Falhas no sistema de sinalização, inadequação e ausência de pontos de ônibus, dentre outros problemas poderiam receber mais atenção por parte da prefeitura. As novas câmeras seriam melhores utilizadas como forma de prestação de serviço para a comunidade", disse.
Já na avaliação do vereador Marcos Veloso (PV), os mecanismos de monitoramento precisam de adequações para se tornarem eficazes. E reforçou ainda que a questão do trânsito em Cuiabá precisa ser revista. "Somente câmeras e radares instalados não irão resolver o problema. Falar em trânsito, não é só falar em multa. É preciso uma reeducação aos motoristas da capital".
E tratou como indispensável a adequação do sistema de monitoramento e vigilância, exemplificando que existem semáforos sem temporizador. "Se equipamentos eletrônicos resolvessem os problemas, não ocorreriam delitos em ambientes monitorados. Os serviços deveriam ser prestados com maior eficiência".
Ao site Única News, o secretário da Semob, Antenor Figueiredo, esclareceu que as câmeras não têm capacidade para multar - pelo contrário que já foi afirmado entre as entidades - apenas os profissionais de trânsito conhecidos como 'amarelinhos' que devem ser informados pela Central e notificarem os infratores.
Como já informado, cerca de 32 aparelhos foram instalados nos principais pontos da região que registram grande número de ocorrências. O gestor afirmou que a pasta deve começar uma campanha de conscientização no trânsito para esclarecer as principais dúvidas dos motoristas e de que forma podem utilizar a faixa exclusiva.
Nesse período, os motoristas que cometerem alguma infração irá receber uma advertência indicando o momento e local que desobedeceu às leis de trânsito. "Após a campanha, as multas passarão a valer em toda a capital", disse.
O motorista estará livre da pena apenas quando precisar fazer uma conversão à direita, na faixa não-contínua, que permite acesso de outros veículos além de ônibus e micro-ônibus. "Em casos específicos, o motorista pode utilizar a faixa para realizar a travessia".
Pequenas paradas mesmo com o pisca alerta do carro ligado ou trafegar sem a necessidade de realizar uma conversão acarretará na aplicação de multas.
"Ele precisa parar a onde tem acesso a estacionamento ou recuo da parada, se não atrapalha o fluxo nas faixas exclusivas. Essas e outras informações serão demonstradas durante a campanha. Iremos mostrar como que se adentra e sai da faixa de ônibus", ressaltou.
E destacou ainda que os próprios motoristas de ônibus também poderão ser notificados trafegando em outra faixa. "A aplicação da faixa é para melhorias no tráfego. A faixa é de exclusividade para os motoristas de ônibus. Eles também serão orientados à não utilizar outras vias, além da de uso com preferência", finaliza.