Neste domingo decisivo, 17, os chilenos estão convocados a participar de um plebiscito de grande importância nacional. A partir das 8h da manhã, as urnas estarão abertas para que a população exerça seu direito democrático e opine sobre a adoção de uma nova Constituição. Esta iniciativa tem o potencial de alterar significativamente o panorama político e social do Chile.
Neste domingo decisivo, 17, os chilenos estão convocados a participar de um plebiscito de grande importância nacional. A partir das 8h da manhã, as urnas estarão abertas para que a população exerça seu direito democrático e opine sobre a adoção de uma nova Constituição. Esta iniciativa tem o potencial de alterar significativamente o panorama político e social do Chile.
O texto proposto visa a substituição da atual Carta Magna, que tem suas raízes na era da ditadura do general Augusto Pinochet, período que se estendeu de 1973 a 1990. Esta mudança constitucional é vista por muitos como uma etapa crucial para modernizar e democratizar a estrutura legal e política do país.
Nos locais de votação, que funcionarão até às 18h, os eleitores serão confrontados com uma questão fundamental: “Você é a favor ou contra o texto da Nova Constituição?”. A escolha é clara e direta, com os cidadãos tendo que marcar apenas uma das opções – “A favor” ou “Contra”. É importante notar que qualquer marcação em mais de uma opção resultará em um voto nulo.
Este plebiscito, com voto obrigatório para todos os cidadãos chilenos residentes no país, é parte de um processo constituinte que se iniciou em 2020. Esta iniciativa surgiu em resposta a uma série de protestos que abalaram o Chile em 2019, motivados pelo alto custo de vida e acentuadas desigualdades sociais.
Em 2022, uma tentativa anterior de reforma constitucional foi rejeitada massivamente em um plebiscito similar. Naquela ocasião, tanto o governo do presidente Gabriel Boric quanto a oposição se comprometeram a avançar na direção de uma nova Constituição.
Quase um ano após essa rejeição, o Conselho Constitucional do Chile, incumbido da elaboração do novo texto, apresentou a proposta atual. Beatriz Hevia, presidente do Conselho e figura da oposição, destacou que a nova proposta atende às "demandas mais urgentes do Chile hoje" e enfrenta desafios como a segurança, estabilidade, combate à corrupção, e superação da estagnação econômica, visando um progresso que ocorra de forma ordenada e pacífica.
Este plebiscito é mais do que uma simples votação; é um momento crucial na história do Chile, onde a população tem a oportunidade de moldar o futuro do país. O resultado deste domingo não apenas determinará o texto constitucional, mas também refletirá as aspirações e preocupações de uma nação em busca de renovação e progresso.