O artigo do nerd da Folha, Átila Iamarino, com título “autoritarismo necessário”, é um exemplo bastante didático do tipo de jovem do qual a sociedade vem se tornando refém. Eles vivem no mundo ficcional dos video games e filmes de desastre e adoram estar participando de uma historia real. Eles só não perceberam que são os vilões da história.
O artigo do nerd da Folha, Átila Iamarino, com título “autoritarismo necessário”, é um exemplo bastante didático do tipo de jovem do qual a sociedade vem se tornando refém. Eles vivem no mundo ficcional dos video games e filmes de desastre e adoram estar participando de uma historia real. Eles só não perceberam que são os vilões da história.
Uma infectologista catarinense que perdeu o pai para a Covid 19 virou notícia no site da BBC News Brasil após dizer do pai morto: “ele preferiu acreditar no Whatsapp”. Mimada e cheia de si, a médica procurou a imprensa para atacar o próprio pai morto, mas o fez como se alertasse contra a “desinformação”. Enquanto acreditava estar culpando a desinformação, porém, a médica estava, na verdade, dizendo que seu pai morreu porque era um ignorante. A culpabilização das mortes na pandemia tem sido um símbolo da imaturidade característica de quem já não contava com grande sensibilidade antes de 2020. Entenda.
Embora recomendem ficar em casa, eles se aglomeram nas redações dos jornais.
O tempo inteiro vemos colunistas, opinadores e até médicos ameaçarem a população com o sentimento de culpa sobre as mortes. Desde o início da pandemia este tem sido o objetivo de inúmeras notícias e análises de especialistas, o que mostra, de cara, um motivo sórdido que seduz imediatamente mentes já deformadas pela linguagem de psicopatas que aprendem a simular o sentimentalismo para uma platéia de histéricos e cegos por uma boa imagem de sensíveis, preocupados e cuidadores da raça humana.
Para entender o nível de humanidade dessas pessoas, basta imaginar um pai que atropela o próprio filho por acidente. Qual a reação de uma pessoa normal que precisa prestar socorro a uma situação dessas? Evidentemente, alguém pode pensar que o melhor neste caso é consolar o pai com palavras do tipo “foi um acidente”, “você não teve a intenção”, etc. Na mente doentia do mimado e histérico pandêmico (ou pandeminion, como tem sido chamado), leitor da grande mídia, a melhor alternativa para esta situação é fazer um sermão, um discurso sobre como a conduta irresponsável no trânsito pode fazer você ser culpado pela morte de um ente querido. O alerta ao mundo, para o histérico, é mais importante do que ajudar a pessoa que está diante dele.
Na verdade, as pessoas normais já perceberam que os mais preocupados, atemorizados e até histéricos com a pandemia, apenas passaram a externar uma revolta que já cultivavam contra o mundo. Centralizam, assim, todas as insatisfações no problema da irresponsabilidade. Pequenas frustrações ou revoltas cotidianas foram direcionadas ao problema da irresponsabilidade ligada à desobediência das normas sanitárias. O medo, porém, não é tanto o de morrer. Quem tem medo de morrer aquieta-se, deixa de falar e cuida mais de si. O histérico é movido menos pelo medo de morrer e mais pelo desejo doentio de guiar a todos com suas normas, mostrando ao mundo que conhece e que, de certa forma, sempre esteve correto nas coisas que dizia e que, por algum motivo, não era levado em consideração.
Com isso, essas pessoas cessam o pensamento, o raciocínio, e centram suas energias no regramento e organização do mundo.
O fato de serem mimados prejudica, porém, o raciocínio de suas demandas e suas atividades profissionais demonstram a facilidade com que o discurso é defendido eloquentemente. Funcionários públicos, alguns aposentados, trabalhadores em home office, são os mais comuns. Eles defendem o fim das atividades profissionais “não essenciais”, em nome da pandemia. Por “não essenciais”, eles entendem o que não é fundamental para as suas vida ou tem importância menor. A frase irônica “fique em casa e deixe um motoboy morrer por você” ilustra bem a mentalidade do mimado da pandemia, cuja vida vale mais do que todos os pobres e ignorantes que “preferem acreditar no whatsapp” do que confiar no que dizem os seus diplomas, mestrados e doutorados, o que consideram verdadeiras vacinas contra a pandemia de ignorância, pobreza e inferioridade na qual vive o Brasil.
Como seres superiores e com o monopólio da credibilidade, eles se julgam o ápice da civilização simplesmente porque confiam no que diz o apresentador do Fantástico, sem excluir toda a gama de trejeitos irônicos, caras e bocas feitas pelos repórteres e especialistas consultados. Quem “acredita no whatsapp”, para eles, representa uma espécie de cracolândia que, como reza o seu burguesíssimo catecismo, deve ser eliminada da face da Terra mediante o aborto, a eutanásia ou simples injeções letais para minorar os sofrimentos (porque sofremos muito com isso!).
O tipo mais comum é o mesmo que era alvo da esquerda crítica, até algum tempo atrás, nomeada como burguesia da classe média. Mas nos últimos anos, essa classe migrou com força para os departamentos mais radicais do PSOL.