-
31/12/2016 às 17h06

Conselho de Segurança aprova resolução de apoio à trégua na Síria

Nações Unidas, 31 dez (EFE).- O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade neste sábado uma resolução de apoio à trégua na Síria
Mundo
Conselho de Segurança aprova resolução de apoio à trégua na Síria
A resolução insiste que a única solução possível para pôr fim ao longo conflito na Síria passa por um processo político que desemboque em um novo governo de transição (reprodução)

Nações Unidas, 31 dez (EFE).- O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade neste sábado uma resolução de apoio à trégua na Síria entre o regime de Bashar al Assad e a oposição armada, promovida pela Rússia e pela Turquia.

Os 15 membros do principal órgão de decisões da ONU votaram a favor da resolução, que respalda os esforços que estão sendo feitos para aplanar o caminho para uma nova rodada de negociações prevista para o final de janeiro em Astana, capital do Cazaquistão.

O cessar-fogo na Síria, apoiado pelos governos de Moscou e Ancara, já está vigente e foi aceito tanto pelo exército sírio como pelos rebeldes e os grupos da oposição.

A votação foi realizada às 13h (horário local,16h de Brasília) após uma tensa reunião a portas fechadas dos membros do Conselho na qual negociaram o texto definitivo e que foi interrompida para obter o sinal verde final de seus respectivos governos.

A resolução insiste que a única solução possível para pôr fim ao longo conflito na Síria passa por um processo político que desemboque em um novo governo de transição com "plenos" poderes executivos para convocar eleições.

Além disso, os 15 membros do Conselho de Segurança fizeram um apelo urgente a todas as partes para que se permita "o mais rápido possível" a distribuição de ajuda humanitária entre a população civil afetada pela guerra.

Rússia e Turquia anunciaram no último dia 29 de dezembro um acordo de cessar-fogo entre o regime de Bashar al Assad e a oposição síria, que já sofreu algumas violações, mas é respeitado na maior parte do país.

A trégua cobre todo o país e a todas as partes beligerantes, com exceção dos grupos terroristas Estado Islâmico (EI) e a Frente da Conquista do Levante (conhecido antes como Frente al Nusra, antiga filial da Al Qaeda).

Os Estados Unidos ficaram fora dessas negociações apesar dos esforços de seu secretário de Estado, John Kerry, para alcançar um acordo com seu colega russo, Sergey Lavrov, que facilitasse uma trégua na Síria.