Nos últimos seis meses, a Blaze, uma conhecida plataforma de apostas esportivas e cassino online, tem estado no centro de uma polêmica significativa. O assunto veio à tona principalmente após o youtuber Daniel Penin publicar um vídeo detalhando uma investigação sobre a plataforma, impulsionado por reclamações de usuários que alegavam dificuldades em resgatar seus ganhos.
Nos últimos seis meses, a Blaze, uma conhecida plataforma de apostas esportivas e cassino online, tem estado no centro de uma polêmica significativa. O assunto veio à tona principalmente após o youtuber Daniel Penin publicar um vídeo detalhando uma investigação sobre a plataforma, impulsionado por reclamações de usuários que alegavam dificuldades em resgatar seus ganhos.
A situação da Blaze ganhou ainda mais notoriedade e atenção da mídia devido à sua associação com várias celebridades brasileiras. Nomes como Jon Vlogs, Viih Tube, Mel Maia, Rico Melquiades, Juju Salimeni e Viviane Araújo foram mencionados em uma reportagem especial do programa "Fantástico", da TV Globo, exibida no domingo (17).
De acordo com a matéria, essas celebridades, entre outras, estão sendo investigadas pela Polícia de São Paulo. O motivo é a divulgação do "jogo do aviãozinho" em suas redes sociais, um elemento central na campanha promocional da Blaze. Essa investigação faz parte de um esforço mais amplo para responder às acusações de que a plataforma não estaria cumprindo suas promessas de pagamento aos jogadores.
A reportagem do "Fantástico" também revelou que, como resultado dessas denúncias, a justiça brasileira bloqueou 101 milhões de reais da Blaze. Esse bloqueio representa uma medida significativa e indica a seriedade das acusações contra a plataforma de apostas.
Este caso lança luz sobre as complexidades e os desafios éticos associados às plataformas de apostas online. Além disso, levanta questões importantes sobre o papel das celebridades na promoção de tais serviços e as consequências legais de suas ações promocionais. À medida que a investigação avança, espera-se que mais detalhes sobre as operações da Blaze e o envolvimento de figuras públicas venham à tona, contribuindo para um debate mais amplo sobre a regulamentação e o impacto das apostas online na sociedade.
Como o jogo funciona?
A dinâmica do jogo é simples. Um avião decola e um gráfico crescente. Quanto mais a aeronave sobe, maior o prêmio, entretanto, o apostar precisa definir a hora de parar a fim de evitar uma colisão e perder a bolada. Quem teve a sorte grande, alega que a plataforma não paga os valores conquistados e teria o modus operandi de atribuir fraudes aos jogadores para não cumprir com o combinado.
A Blaze é ilegal?
Além do "aviãozinho", os outros jogos oferecido pela Blaze são ilegais. Isso porque, desde 2018, um decreto do governo Michel Temer permitiu a realização de apostas esportivas, cuja lei de regulamentação foi aprovada pelo Senado Federal nos últimos dias e deve voltar à Câmara dos Deputados para apreciação.
Entretanto, a lei em questão não inclui jogos de azar, como o “aviãozinho”, nem cassinos online, outro nicho oferecido pela Blaze.
Como a Blaze se movimenta?
A movimentação da Blaze ao redor do mundo é cercada de mistérios, já que não se sabe ao certo quem são seus reais donos, o que, vez ou outro, gera muitos "exposeds" de quem seriam os supostos propietários da plataforma, que tem sede em Curaçao, na região do Caribe.
A Blaze no Brasil
No Brasil, a Blaze ganhou notoriedade através do marketing digital encabeçado por celebridades de renome. Além das citadas acima, outros famosos estão na lista, mas não foram mencionados na reportagem do "Fantástico", como Neymar e Felipe Neto, que já divulgaram o jogo nas redes sociais.
John Vlogs é outro nome que ganha um destaque ainda maior dentre os expostos pela matéria. Isso porque ele chegou a ser apontado como um dos sócios da plataforma e acusado de ter ganhos a mais com a perda dos usuários. O mistério de sua participação nesse negócio se torna ainda maior com o fato de que ele afirma ter conhecido o proprietário da Blaze ao visitar a sede da empresa.
Já Andrés Rudes, atual presidente do Santos, time que tem a empresa como patrocinadora máster, disse que não conhecia os proprietários da Blaze em depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras: “Eu não posso garantir quem é o dono. Eu não tenho essa informação. No nosso contrato, quem assina pela Blaze é Cindy e Lily, mas não posso afirmar se são donos ou prepostos. Assinam como patrocinadores”.