O empresário Alan Malouf - proprietário do Buffet Leila Malouf -, teve sua delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após ter sido avalizada pela Procuradoria-Geral da República. A delação no STF teria ocorrido na última quarta-feira (16), em Brasília - segundo informações ligada ao VGNotícias -, que veiculou as informações neste último sábado (19).
O empresário Alan Malouf - proprietário do Buffet Leila Malouf -, teve sua delação premiada, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após ter sido avalizada pela Procuradoria-Geral da República. A delação no STF teria ocorrido na última quarta-feira (16), em Brasília - segundo informações ligada ao VGNotícias -, que veiculou as informações neste último sábado (19).
A delação do empresário deverá causar bastante transtorno para alguns tucanos, em alta posição política em Mato Grosso e pode atingir até mesmo o governo de Pedro Taques (PSDB), pois envolve sua gestão, por meio da a Secretaria Estadual de Educação, em pelo menos 12 fatos de cobrança e recebimento de propina e corrupção.
As fraudes e desvios na ordem de R$ 54 milhões, cometidos na Seduc, nas licitações de obras e reformas de escolas no Estado, era comandada na época pelo secretário Permínio Pinto (PSDB), que chegou a ser preso na operação Rêmora, junto com empreiteiros como Govanni Guizzardi - um dos comandantes do esquema -, e ainda empresários do setor da construção e servidores da Pasta.
Já Alan Malouf foi preso na 3ª fase da Operação Rêmora, denominada Grão Vizir. Em depoimento ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), em dezembro de 2016, confessou que articulou as fraudes na Seduc, para obter o "retorno" de R$ 10 milhões que supostamente teria doado - via caixa 2 - para a campanha do governador Pedro Taques, em 2014.
Alan ainda relatou ao Gaeco que em março ou abril de 2014, foi procurado por Pedro Taques, em sua residência, ocasião em que o então senador ainda no PDT, lhe teria dito que gostaria de se candidatar ao Governo do Estado. E ainda, que após vencer as eleições, o já governador lhe perguntou se ele teria pretensão de ocupar algum cargo no Governo. Em resposta a Taques, ele teria dito ao governador eleito que “não queria nada”.
Aos promotores de justiça revelou também que foi procurado pelo empresário Giovani Guizardi, casado com sua prima Jamille Grunwaldi, que lhe contou sobre o esquema na Seduc, com envolvimento de outros empresários e servidores. E que ainda teria recebido aproximadamente R$ 260 mil do esquema na secretaria, diretamente de Guizardi (também hoje um dos delatores do esquema).
A operação ganhou o cenário nacional e o escândalo forçou o governador Pedro Taques vir a público e negar as acusações, classificando-as como “sórdidas e mentirosas”, na época do episódio.
Malouf virou réu numa ação penal e foi condenado a 11 anos e 1 mês de prisão em outubro do ano passado pelos crimes de integrar organização criminosa e corrupção passiva. Caso a delação se configure como certa no STF, já que a defesa do empresário opte em dizer que Malouf estaria tão somente reaçizando uma colaboração com a Justiça, poderão surgir novas operações em Mato Grosso. (Com informações do MPE-MT-Arquivo da Operação Rêmora)