Um esquema de estelionato e lavagem de dinheiro por meio de uma pirâmide financeira denominada Kriptacoin, com venda de moeda digital, foi desbaratado pelo Ministério Público do DF e pela Polícia Civil do DF. A fraude pode causar prejuízo a 40 mil investidores.
Nesta manhã (21/09), 13 suspeitos de integrarem o esquema como cabeças ou laranjas são alvos de prisão preventiva. Também serão cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, na Operação Patrick. As medidas, autorizadas pela 8ª Vara Criminal de Brasília, serão cumpridas no Distrito Federal, Águas Lindas e Goiânia. O juiz Osvaldo Tovani decretou também a quebra do sigilo das redes sociais dos investigados e o bloqueio de bens, entre os quais carros de luxo e um helicóptero.
Um esquema de estelionato e lavagem de dinheiro por meio de uma pirâmide financeira denominada Kriptacoin, com venda de moeda digital, foi desbaratado pelo Ministério Público do DF e pela Polícia Civil do DF. A fraude pode causar prejuízo a 40 mil investidores.
Nesta manhã (21/09), 13 suspeitos de integrarem o esquema como cabeças ou laranjas são alvos de prisão preventiva. Também serão cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, na Operação Patrick. As medidas, autorizadas pela 8ª Vara Criminal de Brasília, serão cumpridas no Distrito Federal, Águas Lindas e Goiânia. O juiz Osvaldo Tovani decretou também a quebra do sigilo das redes sociais dos investigados e o bloqueio de bens, entre os quais carros de luxo e um helicóptero.
A organização criminosa atuava por meio de laranjas, com nomes e documentos falsos. Eles enganavam consumidores prometendo lucros exorbitantes (1% ao dia) e captavam investidores para apostar no negócio fácil. Chegaram a conseguir R$ 5 milhões somente neste ano. Segundo a representação policial, a pirâmide está prestes a ruir o que causará prejuízos aos consumidores que não conseguirão sacar seus investimentos, uma vez que o negócio é insustentável. Trata-se de crime contra a economia popular.
O consumidor era lesado ao realizar a negociação de moeda virtual denominado “mineração”. O cidadão investe recursos na esperança de receber dividendos acima das margens de lucro dos negócios convencionais e acaba sendo lesado por não obter sequer o capital inicial. A maioria dos investimentos, segundo suspeita dos investigadores, não era resgatada. Quem investe recursos não prática crimes. Apenas quem causa prejuízo ao consumidor.
A organização criminosa usava diversas contas com nomes falsos para movimentar o dinheiro e ainda adquiria bens de significativo valor, como um helicóptero que estava registrado em nome de um jovem de apenas 18 anos, supostamente um laranja. Um dos líderes do esquema circulava com carros de luxo como uma Lamborghini e uma Ferrari.
O nome da operação remete à denominação da pirâmide financeira, numa nova configuração das letras que compõem a palavra kriptacoin. O trabalho é realizado pela 1ª Promotoria de Defesa do Consumidor (Prodecon) do Ministério Público, em parceria com a Coordenadoria de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) da Polícia Civil do DF.
Na investigação, a equipe da Corf, liderada pelo delegado Wisley Salomão, descobriu a existência da empresa denominada “Kripta Coin Investimentos em Tecnologia Ltda ME”. Essa pessoa jurídica estava em nome de Wendell Pires Alencar e Hélio Xavier Gomes. Estes seriam nomes falsos. No Ministério Público, a Operação Patrick é conduzida pelo promotor de Justiça Paulo Binicheski. Uma das vítimas da corrente contou aos investigadores que tentou sacar os R$ 176.188,14 investidos, mas teve o pedido recusado e ainda se sentiu ameaçado por seguranças da empresa.
Para o advogado da empresa, João Paulo Todde, a prisão preventiva foi abusiva e descabida. Ele nega as acusações de pirâmide financeira. “A investigação está em fase inicial, infelizmente a gente tem tido muita insegurança no Brasil com essas prisões relâmpagos com a suposta justificativa de evitar qualquer tipo de prejuízo da informação e da coleta da investigação. Era desnecessário”, afirmou.