Hábitos saudáveis e estilo de vida que reúnam dieta e atividade física são favoráveis ao controle do diabetes. Mais do que auxiliarem no quadro, são condições que podem ser responsáveis até por uma possível remissão da doença. Um estudo recente publicado na revista Lancet relaciona essa possibilidade à perda de peso: 86% dos pacientes analisados perderam pelo menos 15 kg e isso favoreceu os casos de inatividade da doença.
Hábitos saudáveis e estilo de vida que reúnam dieta e atividade física são favoráveis ao controle do diabetes. Mais do que auxiliarem no quadro, são condições que podem ser responsáveis até por uma possível remissão da doença. Um estudo recente publicado na revista Lancet relaciona essa possibilidade à perda de peso: 86% dos pacientes analisados perderam pelo menos 15 kg e isso favoreceu os casos de inatividade da doença.
Muito se fala sobre o diabetes não ter cura e sobre a necessidade de sempre utilizar medicação para manter sob controle. O estudo do Lancet vem para quebrar um paradigma de que não apenas a doença possa ser controlada como ter sua remissão, isto é, ter os níveis de glicemia normalizados. Mas, o alerta é que ganhar peso novamente faria com que o diabetes voltasse a ficar sem controle também.
Neste estudo, a dieta utilizada foi de muito baixa caloria conhecida como VLCD (do inglês – very low calorie diet). Este tipo de alimentação inclui restrição de carboidrato, como ocorre na dieta cetogênica. A proposta é restringir o consumo de carboidrato para 20 a 50 gramas por dia para pessoas com casos de obesidade e diabetes tipo 2. “Limitar o organismo do consumo de açúcar e de amido reduz a secreção de insulina e faz com que o corpo utilize a gordura como principal combustível. É comprovado também a melhora do controle glicêmico e a diminuição ou eliminação de antidiabéticos”,explica a endocrinologista Dra. Suzana Vieira, PhD pela Universidade de São Paulo.
E os benefícios são inúmeros, pois esta alimentação beneficia o coração, melhora os níveis de gordura no sangue, diminuindo triglicérides e aumentando o HDL-colesterol, reduzindo ainda a circunferência abdominal e a pressão arterial. A especialista reforça que a dieta precisa ser realizada com acompanhamento médico e que a restrição de carboidratos deve ser analisada caso a caso, pois para pessoas que não convivem com o diabetes não é necessário um corte prolongado e sim alternativas para um estilo de vida mais saudável, fora do risco da obesidade.
“Pessoas que usam hipoglicemiantes orais ou insulina devem realizar o ajuste dessas medicações durante uma dieta deste tipo somada a atividades físicas adaptadas e regulares, por isso é fundamental o acompanhamento médico para ingressar nesse tipo de tratamento”, reforça Suzana. Todos os casos devem ser sempre acompanhados por médicos habilitados. Isso porque dentro do quadro da doença, existem algumas restrições a esta dieta, como, por exemplo, as pessoas com diabetes do tipo 1, que não podem restringir a alimentação devido ao risco do desenvolvimento de cetoacidose diabética.
O diabetes é uma doença crônica resultante da deficiência na ação ou na produção de insulina, hormônio responsável por controlar a quantidade de glicose no sangue. Os níveis permanentemente altos de glicose no organismo podem causar danos graves em órgãos, vasos sanguíneos e nervos. Lidar com a doença exige acompanhamento médico, diagnóstico e tratamento – quando necessário. É imprescindível o acompanhamento de um médico habilitado.