A CVS, maior cadeia de farmácias dos EUA, fechou, por US$ 69 bilhões, a aquisição da empresa de seguro-saúde Aetna, a terceira maior do país, num movimento que pode dar início a uma onda de fusões no setor.
A CVS, maior cadeia de farmácias dos EUA, fechou, por US$ 69 bilhões, a aquisição da empresa de seguro-saúde Aetna, a terceira maior do país, num movimento que pode dar início a uma onda de fusões no setor.
O negócio, que ainda não havia sido oficialmente anunciado até as 20h deste domingo (3), foi confirmado aos jornais "The Wall Street Journal" e "New York Times" por pessoas envolvidas no assunto.
Dona no Brasil da rede Onofre, a CVS tem 9.700 farmácias nos EUA, todas com potencial de se tornarem centros médicos para cuidados e procedimentos básicos. A Aetna tem 22 milhões de médicos em seu sistema, que poderiam prover o serviço -e, consequentemente, ofertar remédios por preços menores.
Onegócio, um dos maiores deste ano, terá de passar pela aprovação das autoridades reguladoras.
Há mais de seis meses as partes vêm negociando um possível acordo, motivadas pelo receio de que a Amazon venha a entrar no ramo de farmácias. Esse seria o próximo passo da gigante no mundo real, depois da compra da Whole Foods, em junho.
COSMÉTICOS
Além de reagir à possível entrada da Amazon no setor, a CVS, ao comprar a Aetna, busca diversificar as operações e rivalizar com a operadora americana de saúde UnitedHealth Group, que no Brasil controla a Amil.
A CVS e a Walgreens, sua maior concorrente, têm visto as vendas de cosméticos diminuir nos últimos tempos. Para a CVS, as vendas no varejo totalizaram 46% da receita total em 2016, ante 52% registrados em 2013.
Para a Walgreens, esse número caiu para 33% nos EUA no ano passado, ante 37% de três anos antes.
A aquisição viria após o plano frustrado da Aetna de comprar a seguradora rival Humana, por US$ 34 bilhões, em 2015 -acordo barrado pelo órgão regulador do setor.
O acordo é o maior fechado pela CVS em sua história. O principal, até o momento, havia sido a compra da empresa de benefícios farmacêuticos Caremark, por US$ 21 milhões, em 2007.
Originalmente da Folhapress.