Ex-vereador de Alto Taquari, no sul de Mato Grosso, e um dos novos fenômenos das redes sociais, fazendo parte dos chamados “youtubers”, Nelson Barbudo não tem o apelido à toa. Com longas e grisalhas barbas, olhar sisudo e um inseparável chapéu, o pré-candidato a deputado federal e principal aliado do presidenciável, Jair Bolsonaro (PSL), recebeu a equipe de reportagem do NMT, nesta semana, e mostrou a mesma franqueza que lhe é peculiar nos vídeos. Dentre suas principais críticas, o postulante a membro do Congresso Nacional afirma que há burocracia demais no Brasil e boa parte das leis vigentes deveriam ser revogadas.
Ex-vereador de Alto Taquari, no sul de Mato Grosso, e um dos novos fenômenos das redes sociais, fazendo parte dos chamados “youtubers”, Nelson Barbudo não tem o apelido à toa. Com longas e grisalhas barbas, olhar sisudo e um inseparável chapéu, o pré-candidato a deputado federal e principal aliado do presidenciável, Jair Bolsonaro (PSL), recebeu a equipe de reportagem do NMT, nesta semana, e mostrou a mesma franqueza que lhe é peculiar nos vídeos. Dentre suas principais críticas, o postulante a membro do Congresso Nacional afirma que há burocracia demais no Brasil e boa parte das leis vigentes deveriam ser revogadas.
“Sou pré-candidato a deputado federal, mas não vou prometer os velhos jargões. Gostaria do mandato para em Brasília me juntar a patriotas que querem mudar a legislação deste país, na verdade diminuir muita coisa que temos. Este discurso de “eu vou fazer”, “eu vou trazer” é ilusão. Se a Constituição não for mudada, o pessoal que está jovem hoje vai ficar velho daqui a pouco, virão outros com a mesma revolta e nada vai mudar. Junto ao Bolsonaro, nós temos uma plataforma de desfazer (revogar) o que os comunistas fizeram, desde Fernando Henrique Cardoso, o próprio Temer e tantos outros, que vieram nos últimos anos construindo esse emaranhado de burocracia que trava nosso país”, salientou.
Produtor rural, Nelson pontuou diversos temas que precisam ser rapidamente revistos, em sua visão. “O armamento tem de ser concedido ao produtor rural para que ele possa defender sua propriedade. Precisamos desburocratizar o sistema econômico que administra os insumos, por exemplo. Nossa legislação fiscal traz tantos entraves que daqui a pouco ninguém conseguirá trabalhar. Ainda tem a falta de logística como nosso grande problema. É impossível o produtor de Mato Grosso levantar as 4 da manhã, dormir as 22, fazer parte de um segmento que cresceu 13% no último ano e não ter como escoar seus produtos. Se não fosse o agronegócio, o Brasil estaria quebrado de verdade. Se país cresceu 1% no último ano, o que estão achando pouco por aí, teria ido 12% de ré se não fosse o agronegócio. Agora, sem rodovia e sem ferrovia não dá pra fazer milagre”, reclamou.
Apesar de concorrer ao parlamento, Barbudo fez questão de considerar as más gestões do Executivo como as grandes responsáveis pelos problemas que aponta para o setor produtivo. ” O governo anterior (PT) pegou dinheiro do BNDES e deu para dois açougueiros criminosos que dominaram a pecuária do estado e do Brasil, quebrando muita gente. Enquanto isso nós estamos aqui sem logística no Mato Grosso, não há o investimento que era primordial (…) Nós precisávamos agregar valores a soja e as commodities em geral para gerar emprego e aquecer nossa economia (…) O Silval (Barbosa, ex-governador do estado) não fez nada, o Blairo (Maggi, ex-governador) fez muito pouco. Então como vamos fazer uma indústria em Cuiabá, por exemplo, de produtos embutidos sem ter como escoar?”, indagou.
Ainda sobre gestão, Barbudo ressaltou potenciais do estado e exemplificou no trabalho da mulher, em Alto Taquari, como é possível fazer recurso público render.”Ter a produção que temos em Sinop, Sorriso, Mutum e toda região, em contrapartida não termos como desenvolver indústrias ali porque não temos uma ferrovia em um local tão importante é um absurdo. Mas a verdade é que se o Governo do Estado, por exemplo, não tiver coragem de enxugar a máquina e otimizar os recursos nós podemos colocar quem for que seja que não vai dar jeito. Falta gestor no Governo Federal, no Estadual e Municipal. Me dizem que sou crítico, mas passando pelo centro de Rondonópolis eu encontrei ruas de terra. Uma cidade dessa importância? Depois que fui vereador em Taquari, minha mulher também foi e assumiu a presidência da Câmara. Pois ela, sendo uma dona de casa, reformou o prédio, comprou camionete, celulares e computadores novos para o legislativo e ainda devolveu, em 2012, R$ 513 mil para os cofres públicos de sobra do duodécimo. Dentre os 17 presidentes do legislativo que a cidade teve ela foi a única que fez isso”, finalizou, chamando a reflexão.