A empresa que tenta ganhar a concessão dos serviços de água e esgoto de Cuiabá, RK Partners, afirmou, em seu plano de investimentos apresentado ao prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), que terá ajuda de uma empresa responsável pelo planejamento do saneamento básico de Dubai, nos Emirados Árabes.
A empresa que tenta ganhar a concessão dos serviços de água e esgoto de Cuiabá, RK Partners, afirmou, em seu plano de investimentos apresentado ao prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), que terá ajuda de uma empresa responsável pelo planejamento do saneamento básico de Dubai, nos Emirados Árabes.
A informação é do procurador-geral do município, Nestor Fidelis.
Segundo ele, a CH2M, que é uma empresa norte-americana, ficaria responsável pela execução das operações do sistema de água e esgoto de Cuiabá. O planejamento, entregue a Emanuel, também foi feito pela empresa.
“Eles apresentaram essa empresa, CH2M, que faria a operação do sistema. É uma empresa que, segundo explicaram, está há seis meses com a eles, e elaborou todos os planos de execução das obras emergenciais e a longo prazo”, disse.
O procurador disse estar, desde a entrega do plano de investimento, na última quarta-feira (17), analisando os documentos e fazendo os relatórios, que devem ser entregues ao prefeito nesta quarta-feira (24).
“São mais de mil páginas de documentos. Se estiver faltando alguma coisa, temos que questionar, abrir uma diligência, verificar o que está acontecendo, ou, então, já aplicar caducidade imediatamente. Mas é possível uma prorrogação de até 90 dias”, afirmou.
Segundo ele, os documentos falam sobre a reestruturação da dívida, como serão feitas as conclusões das obras emergenciais e a longo prazo e citam fatos preparatórios.
O procurador explicou que a RK Partners nunca tinha feito gestão de serviços básicos, pois é uma empresa recuperadora de empresas. Por isso, o papel dela em Cuiabá seria a reestruturação, a recuperação da dívida da CAB e a transformação da CAB em uma nova empresa, que se chamaria Águas Cuiabá.
Necessidades da Capital
Nestor Fidelis defendeu que Cuiabá precisa de investimentos com urgência. Segundo ele a CAB, que foi contratada em 2012, prestou, nesse período, um mau serviço e gerou uma deficiência enorme para a Capital.
“Cuiabá está parada no tempo, é a pior capital que existe no Brasil em questão de saneamento. Desde a Operação Pacenas, em 2009, o Município perdeu R$ 300 milhões e não conseguiu mais nada de infraestrutura”, disse.
“Por isso, nessa nova estrutura jurídica e de engenharia que foi construída se fala em R$ 1,4 bilhão em investimentos, justamente porque não tem nada. Então, é necessário que haja uma demonstração cabal de que não estamos tratando apenas de uma recuperação de empresas, mas da contratação de um grupo que tenha condições técnicas para cumprir aquilo que pretende”, completou.
Intervenção prorrogada
A intervenção da CAB foi prorrogada até esta quinta-feira (25) pelo prefeito Emanuel Pinheiro. O decisão circulou no Diário de Contas.
Mas, segundo Fidelis, a prorrogação foi feita para que possa haver operações bancárias.
“Como o prazo era dia 18 [para o fim da intervenção], os bancos bloquearam o acesso da CAB para fazer compras, fazer pagamento de servidores e tudo mais. Então, houve essa prorrogação nesse sentido, para que ela não pare de trabalhar até que se decida a respeito dessas questões”, disse.