O CEO do Facebook, Mark
Zuckerberg, compareceu novamente nesta quarta-feira (11) diante do Senado dos
Estados Unidos. O criador da rede social mais usada do mundo está sendo
questionado sobre o mau uso de dados dos usuários e uma possível interferência
na eleição presidencial de 2016.
O CEO do Facebook, Mark
Zuckerberg, compareceu novamente nesta quarta-feira (11) diante do Senado dos
Estados Unidos. O criador da rede social mais usada do mundo está sendo
questionado sobre o mau uso de dados dos usuários e uma possível interferência
na eleição presidencial de 2016.
Além de várias perguntas sobre
como empresas de terceiros, como a Cambridge Analytica, podem usar e manipular
os dados, Zuckerberg foi interrogado sobre as múltiplas denúncias de censura de
conteúdo conservador e de postagens que falam sobre ideais cristãos. A opção do
bilionário foi tentar mudar o foco, dizendo desconhecer casos específicos, mas
sempre negando que haja “preconceito”.
Enfretamento
de Ted Cruz
A postura dele, no dia 11, foi
bem diferente do depoimento do dia anterior. Em um dos momentos mais tensos do depoimento,
o senador do Texas, Ted Cruz, criticou Zuckerberg por sua rede social não ser,
de fato, um fórum público neutro.
Conservador, Cruz precisou
perguntar várias vezes se o Facebook tem uma clara preferência política, algo
que o CEO da empresa teve dificuldade em admitir. A resposta foi pela tangente.
“O Facebook e a indústria de tecnologia estão localizados no Vale do Silício,
uma região sabidamente com inclinação à esquerda. Esta é uma preocupação que
tenho e tentamos erradicar na empresa, assegurando que não temos qualquer
preconceito no trabalho que fazemos.”
O último argumento de Ted Cruz
deixou Zuckerberg ainda mais sem reação. Quando o senador questionou quantas
postagens ou páginas que defendiam o aborto ou candidatos progressistas (de
esquerda) haviam recebido o mesmo tratamento – censura – o CEO do Facebook não
conseguiu dar uma explicação coerente. Zuckerberg não conseguiu citar qualquer
perfil ou página de esquerda que tenha recebido o mesmo tratamento, nem no
primeiro dia (10), tampouco no segundo dia de sua visita ao senado (11).
Em resposta ao senador,
Zuckerberg tentou dizer que não sabia de todos os casos citados, mas não negou claramente
que as postagens e páginas mencionadas pelo senador foram apagadas por questões
ideológicas.
Segundo ele, existe cerca de
20 mil pessoas que trabalham, em conjunto com um sistema de Inteligência Artificial,
para identificar “discurso de ódio” na rede. E essa tem sido a
justificativa-padrão do Facebook.
“Discurso de ódio é uma das
coisas mais difíceis de identificar. Tem que entender o que é ofensivo, o que é
odioso. A linha entre o que é discurso político legítimo e discurso de ódio
pode ser difícil de identificar”, apontou.
Censura
no Brasil
A cobrança dos senadores
conservadores sobre censura escancarou o que vinha sendo percebido no Facebook
do Brasil há pelo menos um ano. Diversos casos em que a rede social bloqueou
usuários, apagou postagens ou simplesmente apagou perfis sem aviso prévio, são
bastante conhecidos.
Perfis de usuários influentes
do meio conservador brasileiro sofreram retaliação. Os casos de Letícia Catel,
Gil Diniz (Carteiro Reaça), Bernardo Küster, são alguns deles. Páginas como
Conservadorismo do Brasil e Canal da Direita, além de tantas outras páginas que
apoiam a candidatura de Jair Bolsonaro sofreram ganchos ou foram tiradas do ar
por uma clara patrulha ideológica.
A censura do Facebook no
Brasil ficou mais clara quando se tratavam de publicações contrárias à ideologia
de gênero ou denunciava alguma questão defendida pelos movimentos de esquerda.
O jornalista e tradutor Bernardo
Küster, conhecido por seus vídeos denunciando a doutrinação marxista na Igreja
Católica e contra o abortamento, recebeu diversos bloqueios do Facebook Brasil,
que o impediram de postar material por até 30 dias. “Um deles foi pelo vídeo
cobrando uma posição do Arcebispo de Londrina sobre a semana LGBT na PUC de Londrina;
a outra por falar ‘travecão’ num vídeo; a outra por falar de imigrantes
muçulmanos”, explica.
Para Küster, as respostas de
Zuckerberg diante do Senado foram contraditórias, mas expõem o que realmente
está acontecendo no Facebook. “Mark afirmou que a ‘censura’ era feita em razão
de discursos de ódio. Quando o senador Ted Cruz perguntou a ele o que seria ‘discurso
de ódio’, a resposta do CEO foi que essa era ‘uma pergunta muito difícil’ e não
respondeu. Ele é dono da maior mídia social do planeta e não sabe definir o
critério que irá balizar a censura. Então como o Facebook irá julgar uma postagem
sem saber o critério para aplicação da sanção?”, questionou.
A opção de Zuckerberg foi
justificar a necessidade de censurar postagens que promoviam o “terrorismo”.
Contudo, “discurso de ódio” é um termo ideológico muito abrangente, que faz
parte da agenda globalista. Ao tentar justificar que a rede social não irá
promover “discurso de ódio’, abre-se um precedente.
Afinal, quando tudo é
“discurso de ódio” então nada é “discurso de ódio”. Ou seja, a censura não tem
critérios claros. Segundo o Facebook, quando um grupo de usuários começar a
denunciar publicações o algoritmo de inteligência artificial da rede social irá
agir. Isso pode resultar em postagens apagadas ou os responsáveis pelas páginas
terem seus perfis bloqueados.
Ora, se militantes de esquerda
– ou perfis-robôs, como tem ficado cada vez mais comum – decidirem atacar todas
as postagens com discurso conservador ou que sejam contra o politicamente
correto, a censura pode ser estabelecida e ainda justificada porque algo “fere
os padrões de comunidade”.
Mudar
ou morrer
Os testemunhos de Mark
Zuckerberg diante do Senado apenas escancararam a realidade. A rede social
criada por ele é facilmente sujeita à manipulação e tem sido uma ferramenta de
engenharia social eficaz na promoção de causas globalistas.
Aos conservadores resta a
opção de denunciar isso – como foi feito pelos senadores norte-americanos – e
esperar que após os sucessivos escândalos, a censura pelo menos diminua, em
especial porque Zuckerberg assumiu o compromisso de que ela não será mais usada
para influenciar eleições. Conforme ele mesmo admitiu, se não fizer mudanças
rapidamente, tentando eliminar o “preconceito” contra posições políticas, será
definitivamente o fim de sua rede social.
Celia
O discurso conservador É o discurso de ódio, fake news, preconceito, etc. para os esquerdistas. Mas, estudando a esquerda se percebe que ela é guerra e só sobrevive contracenando com um inimigo.13/04/2018 03:28