A capa da revista Time desta semana viralizou nas redes sociais como um símbolo da lei de imigração que separa crianças dos pais - quando estes são pegos tentando entrar ilegalmente no país. Dezenas de jornais e revistas de todo o mundo deram destaque à foto de uma menina chorando.
A capa da revista Time desta semana viralizou nas redes sociais como um símbolo da lei de imigração que separa crianças dos pais - quando estes são pegos tentando entrar ilegalmente no país. Dezenas de jornais e revistas de todo o mundo deram destaque à foto de uma menina chorando.
A fotomontagem claramente tentava induzir o público contra Donald Tump, que foi colocado em uma pose que sugere superioridade, enquanto a manchete lia: “Bem-vindo à América”. O problema é que a menina hondurenha que aparece chorando diante do presidente não foi separada da mãe.
(Capa da revista TIME)
Ela foi identificada como Yanela Sanchez. O pai da criança, Denis Valera, que permanece em Honduras, afirma: “Minha filha tornou-se um símbolo da separação de crianças na fronteira dos EUA. Ela pode até ter tocado o coração do presidente Trump”.
Segundo Valera, a menina e sua mãe, Sandra Sanchez, foram detidas juntas na fronteira do México com a cidade de McAllen, Texas. Porém, não foram separadas depois de serem detidas pela polícia.
À imprensa do seu país, a vice-ministra das Relações Exteriores de Honduras, Nelly Jerez, confirmou o que disse o pai da menina. Há registros que Sandra Sanchez já havia sido deportada ao tentar entrar ilegalmente nos EUA, em 2013. Mesmo assim, resolveu arriscar novamente, desta vez acompanhada da filha pequena e, segundo o pai, sem que ele soubesse.
Na Time, um trecho da reportagem sobre o tema imigração afirmava que a foto da pequena Yanela chorando “não podia ser ignorada”. Em outro, tentava explicar “a história por detrás” daquela imagem.
De fato, a fotografia original se tornou icônica, sendo usada, por exemplo, em uma promoção de arrecadação de fundos para família de imigrantes que levantou mais de 17 milhões de dólares de donativos. Mas seu uso pela imprensa demostra um inegável viés político.
Nas últimas semanas, fotos e vídeos de crianças separadas dos pais na fronteira, sentadas em um espaço com grades - comparado pela mídia a jaulas – bem como uma gravação de áudio de crianças chorando foram divulgadas exaustivamente pela mídia mundial. Isso gerou um sentimento de indignação e acusações contra Trump por defender, segundo os globalistas e a esquerda mundial, uma lei típica de “regimes autoritários”.
O problema central, mais uma vez, é que grande parte do que foi difundido é fake news, pois atribui a Trump uma legislação de autoria de Bill Clinton, publicada em 1997. Cabe lembrar que Bill é o esposo de Hillary Clinton, candidata do partido Democrata, representante da esquerda norte-americana, derrotada por Trump nas últimas eleições.
A lei não foi revogada por Barack Obama enquanto ele esteve no poder, conforme lembrou Trump em diversas ocasiões. Em sua conta do Twitter, o presidente vem denunciando as falhas na legislação sobre imigração. Além disso, aponta que os problemas foram criados pelos Democrata. https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1003969399148118016
O assunto acabou tomando uma proporção tão grande que o presidente Trump assinou na quarta-feira (20) uma ordem executiva que suspendeu a separação das famílias apanhadas entrando ilegalmente no país. Contudo, nem isso foi capaz de minimizar a campanha de difamação e desinformação levada a diante continuamente por órgãos de imprensa influentes como a Time. Mesmo desmascarada, até agora a revista não se pronunciou sobre a capa da edição desta semana.
Com informações de Fox News