Chegou o fim de ano, data que cresce o consumo de produtos infantis e, consequentemente, a necessidade de um dinheiro extra para esses gastos. Mas o que fazer quando não se tem uma reserva de capital para essa data?
Chegou o fim de ano, data que cresce o consumo de produtos infantis e, consequentemente, a necessidade de um dinheiro extra para esses gastos. Mas o que fazer quando não se tem uma reserva de capital para essa data?
Para o educador financeiro Reinaldo Domingos, autor do best seller “Terapia Financeira – quebre o ciclo das gerações endividadas e construa sua independência financeira”, mesmo sem um planejamento prévio, ainda é possível comprar presentes para os filhos.
“Se a condição financeira da família estiver muito apertada, o ideal é ter uma conversa franca com as crianças, buscando mostrar a importância delas para a família e encontrando algo que ela deseja dentro da realidade financeira no momento. A conversa chamará a atenção para que percebam que aquilo que viram em uma propaganda não é o que elas necessitam no momento”, explica Domingos.
Se a situação financeira não está tão complicada, ainda é tempo de comprar um bom presente; contudo, antes da aquisição do produto, é necessária a realização de pesquisas de preços e uma análise das melhores formas de pagamento.
“A maioria das pessoas ainda não se atentaram para a importância de saber negociar em nosso cotidiano”, explica Domingos, que acrescenta que vários cuidados devem ser tomados para evitar os juros dos parcelamentos, ou mesmo o endividamento no cartão de crédito e no cheque especial.
Veja mais algumas orientações do educador financeiro DSOP, Reinaldo Domingos:
1) Por maiores que sejam as facilidades de compra nesse momento, o consumidor deve observar a sua real situação financeira e projetá-la pelos próximos 12 meses, no mínimo, para ter certeza de que o que foi gasto não fará falta;
2) Faça uma análise aprofundada de qual é a sua real disponibilidade financeira e quanto dinheiro pretende gastar nesse momento;
3) Você deve relacionar seus gastos normais e os típicos de fim e início de ano, como despesas com viagens, ceias (natal e virada de ano), IPVA, IPTU, matrícula, material escolar, etc. A partir desse registro, você saberá quanto dinheiro terá para as suas compras de final de ano;
4) É importante observar que, antes de ir às compras, você deve guardar parte desse dinheiro para outros sonhos (objetivos e metas), como dinheiro para cursos de especializações, aposentadoria e independência financeira.
5) Antes de sair às compras, liste as pessoas que irá presentear, o quanto pretende gastar com cada uma e o que esse presente irá agregar para o presenteado;
6) Presenteie-se! Você também merece recompensas por tudo que trabalhou durante o ano; portanto, procure algo que agregará valor ao seu futuro. Uma boa dica é um livro;
7) Antecipe suas compras, evitando, assim, filas. Você também vai encontrar preços melhores e terá maior prazo para negociação. Mas avalie! Caso essa compra possa ser prorrogada, aguarde o início do ano, que as promoções certamente chegarão;
8) Pesquise os preços dos produtos em, pelo menos, cinco lugares, não se esquecendo da internet, que, algumas vezes, pode ter ofertas interessantes;
9) Busque o menor preço à vista, negocie e lembre-se de que as lojas quase sempre têm margens para negociar. Caso não consiga com o vendedor, chame o gerente da loja;
10) Evite parcelamentos, principalmente os longos. Em caso de impossibilidade de pagamento à vista, faça parcelas curtas e negocie os juros. Não se esqueça de que essas parcelas serão somadas com outras já possam existir em seu orçamento;
11) Lembre-se! As festas de fim de ano são momentos para estar próximo à família e aos amigos. A troca de presentes é importante, porém, mais importante é ter nossa saúde física, mental e espiritual e, para conquistá-las, é fundamental você alcançar a saúde financeira.