Na edição de ontem do Jornal Nacional, a Rede Globo noticiou a existência de um documento secreto da CIA que revela que os EUA sabiam de casos de corrupção existentes no Brasil durante o regime militar. O modo como dada a manchete revela uma intenção, a de vincular a imagem dos militares à corrupção. Mas vamos aos fatos.
Na edição de ontem do Jornal Nacional, a Rede Globo noticiou a existência de um documento secreto da CIA que revela que os EUA sabiam de casos de corrupção existentes no Brasil durante o regime militar. O modo como dada a manchete revela uma intenção, a de vincular a imagem dos militares à corrupção. Mas vamos aos fatos.
O tal documento da CIA, na verdade, não é da CIA. Ele não foi escrito por um agente da inteligência americana. Ele é apenas um memorando redigido pela embaixada americana com a seleção das principais notícias dos jornais publicados à época no Brasil.
A elaboração desses memorandos é parte das atribuições das representações diplomáticas. Os funcionários de uma embaixada exercem essa função e ela é perfeitamente lícita. Nada tem de secretas, uma vez que lidam com informações públicas que apenas são traduzidas e resumidas em um formato mais eficiente para auxiliar as políticas internacionais da chefia de estado do país que o corpo diplomático representa.
A maneira como a Globo noticiou toda a coisa torna evidente a intenção de tentar sabotar a candidatura do líder nas pesquisas de intenção de votos, o Capitão do Exército Jair Bolsonaro. A emissora mente vergonhosamente em seus meios de comunicação.
Outro ponto interessante é que os nomes dos supostos corruptos das notícias citadas pelo documento são de civis que hoje são declarados defensores do Partido dos Trabalhadores, como é o caso de Delfim Netto. Também soa estranho a importância dada na matéria da Globo quando o próprio documento que conclui de que as provas existentes para os tais escândalos de corrupção do governo militar são, na verdade, fracas. Ou seja, o conteúdo do documento, como noticiado, desmente a manchete integralmente.
Bom!, mas agora falemos de verdadeiros escândalos do passado. Para quem tem interesse em documentos de serviços secretos que revelem casos de corrupção, o Terça Livre recomenda a leitura da página 250 do livro 1964 O Elo Perdido.
O Brasil nos arquivos do serviço secreto comunista. Segundo relatórios secretos do agente tchecoslovaco Bakalá? (lê-se Bakaláchi), ao descrever a biografia de um dos colaboradores mais competentes do serviço secreto comunista da StB, informa que esse colaborador, à época em que ocupava o cargo de chefe-de-gabinete do Ministro da Educação do presidente Juscelino Kubitschek, usou de sua influência para desviar recursos da merenda das escolas para financiar sua campanha para deputado federal, o que acabou resultando em sua eleição.
O codinome do político foi registrado nos documentos ora como CABRAL e ora como MACHO (o serviço secreto usava codinomes para o caso de os documentos extraviarem e caírem nas mãos inimigas). Ele era o político nacionalista e intelectual mineiro, Celso Teixeira Brant. Chegou até a lançar candidatura à presidência na década de 80 pelo nanico PMN.
O livro 1964 O Elo Perdido ainda conta que este mesmo colaborador chegou a fundar uma editora e uma revista no Brasil com o dinheiro da Tchecoslováquia comunista. Dinheiro que foi internalizado e entregue ao agente MACHO de forma ilegal e ocultada. Acredite se quiser, nos planos deste mesmo colaborador ainda constava a fundação de um canal de TV que estaria a serviço da propaganda comunista do bloco soviético, e foi o próprio colaborador que estimou os valores para o empreendimento e elaborou o projeto.
Ou seja, tudo ia de vento em popa para as atividades secretas e criminosas dos comunistas nos idos de 1964 no Brasil. Mas os militares, com o 31 de Março, surpreenderam nosso político “patriota” que, temendo ser descoberto e preso, colocou à venda sua editora e revista, abandonando também, por óbvio, os planos do canal de televisão. Todas informações estão no livro. Tudo documentado nos arquivos do Instituto para o Estudo dos Regimes Totalitários da hoje democrática República Tcheca. Os arquivos são abertos ao público para pesquisa. Muitos deles acessíveis pela internet.
A Rede Globo deve muito aos militares. Podemos dizer que a emissora, pelo menos no campo da propaganda esquerdista, quase não sofre com a concorrência graças ao “golpe” dos militares.