Fernando Haddad (PT) pagou durante sua gestão como prefeito de São Paulo R$ 245 milhões para empreiteiras envolvidas na Lava Jato para a construção de um túnel que, agora, ele diz ter sido suspendido por “indícios de superfaturamento” em 2015.
Os negócios também são investigados por suspeita de cartel, admitido no ano passado pela Odebrecht ao Ministério Público paulista.
Fernando Haddad (PT) pagou durante sua gestão como prefeito de São Paulo R$ 245 milhões para empreiteiras envolvidas na Lava Jato para a construção de um túnel que, agora, ele diz ter sido suspendido por “indícios de superfaturamento” em 2015.
Os negócios também são investigados por suspeita de cartel, admitido no ano passado pela Odebrecht ao Ministério Público paulista.
Dados da Prefeitura mostram que os valores foram repassados pela gestão petista (2013-2016) para os quatro consórcios encarregados de executar o prolongamento da Avenida Roberto Marinho, na zona sul da capital. Os lotes são liderados pelas empresas OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão.
Os contratos foram assinados em 2011 pelo ex-prefeito e atual ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD), com valor original de R$ 1,98 bilhão.
A construção do túnel de 2,4 km até a Rodovia dos Imigrantes está distribuída nos quatro lotes, junto com outras obras viárias, quatro mil moradias populares e trechos de um parque linear. Até deixar a Prefeitura, em dezembro de 2012, Kassab já havia pago R$ 105 milhões às empreiteiras. O túnel, porém, ainda estava na fase de instalação do canteiro de obra.
Em fevereiro de 2013, segundo mês de mandato, Fernando Haddad decidiu suspender a execução do túnel e manter as demais obras previstas nos mesmos contratos. À época, alegou falta de recursos e inversão de prioridade em uma nota pública de esclarecimento. Não mencionou nenhuma suspeita de irregularidade na obra suspensa e disse que pretendia retomar o projeto. Naquele momento, a Lava Jato ainda não havia sido deflagrada.
Fonte: Tarciso Morais – Renova Mídia