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26/10/2017 às 11h40

Hillary pagou por falso dossiê que ligava Trump aos russos

Lembro de Gioconda justamente por conta da notícia que o dossiê falso que relacionava Donald Trump com a Rússia foi pago pelo Comitê Nacional Democrata
Mundo
Hillary pagou por falso dossiê que ligava Trump aos russos
Foto: reprodução
Durante as eleições de 2016, uma voz estridente destoou no meio jornalístico brasileiro. Foi a jornalista Gioconda Brasil, que no Twitter cravou: "No Brasil não existe cobertura das eleições americanas. Existe torcida pela vitória de Hillary Clinton". Além de quebrar a espiral do silêncio, Gioconda livrou sua reputação. Não passará pelo vexame de ter repercutido notícias plantadas pela candidata mais corrupta da história dos Estados Unidos. Isso não é pouco, ainda mais em uma classe que costuma se comportar mais como um exército de zumbis do que como profissionais pensantes. 

Lembro de Gioconda justamente por conta da notícia que o dossiê falso que relacionava Donald Trump com a Rússia foi pago pelo Comitê Nacional Democrata, ou seja, pela campanha de Hillary. A notícia que mexeu com as taras mais profundas do jornalismo internacional foi plantada pelos democratas. Ah, isso não vem de sites de fake news (talvez até isso seja armação dos democratas). A mídia americana inteira está repercutindo o fato, o que forçou veículos como Folha a noticiarem por aqui algo que já vem incendiando o debate público nos Estados Unidos há mais de uma semana (inclusive por conta da suspeita de que Hillary teria se beneficiado do acordo celebrado com os russos para exploração de urânio em solo americano). 

Nos Estados Unidos os fiadores morais de Hillary foram a NBC, a MSNBC, a MTV, o New York Times, Washington Post e outros que brigam para parecerem imparciais enquanto tomam o lado mais parcial possível. Outros preferiram tomar parte direta nas tramóias, como BuzzFeed e CNN. Atletas se ajoelharam, estudantes incendiaram ruas, artistas disseram que era o apocalipse... tudo para defender a criminosa Hillary Clinton (vale a pena ler a matéria em que o próprio Washington Post aponta as ligações de Hillary com a indústria de boatos contra Trump).

Aqui no Brasil não foi diferente. Reinaldo Azevedo, Folha de São Paulo, Globonews... O Antagonista até virou meme. Não só pela reação patética e vexaminosa diante da derrota, mas pela postura fraudulenta que tomaram diante da demonstração gratuita de simpatia de alguns brasileiros para com Donald Trump. Disseram que eram "robôs pagos por Trump" para atacar os dissidentes. Nenhum deles jamais provou tal imbecilidade (menos ainda qual é a finalidade de pagar brasileiros para defenderem Trump em um site brasileiro que não influenciará de modo algum os rumos da política americana. Aliás, os Antagonistas também falaram em robôs de Temer. Provar que é bom nada. 

Até o brilhante articulista conservador João Pereira Coutinho resolveu defender Hillary. Coutinho, aliás, parece ser mais talhado para o meio acadêmico do que para a vida real. Recentemente cometeu um artigo na Folha onde não só defende a exposição do homem nu no MAM (com dinheiro do BNDES e crianças com acesso a conteúdo impróprio) e a exposição do Santander (Queermuseu, organizada por um grande banco privado e financiada com dinheiro público via Lei Rouanet), como também afirmou que "um país em que Alexandre Frota é ícone conservador merece ser estudado". Em resumo: Coutinho costuma apenas ruminar o que vê nas manchetes da grande mídia sem se esforçar em assuntos gerais. Daí saí expelindo conclusões ilógicas e sem qualquer lastro na realidade. Ele esquece que o conservadorismo é o ceticismo e a desconfiança, além de ignorara a guerra política acreditando na premissa que a imprensa é imparcial e só trabalha com fatos. 

De uma maneira geral, todos estes tristes personagens apostaram tudo em uma criminosa, o nome mais corrupto entre todos os candidatos presidenciais da história dos Estados Unidos. Conseguiram a façanha de atrelarem seus nomes e suas biografias a uma campanha que parecia mais uma tentativa de golpe do que a uma intenção legítima de participar da vida pública. Agora deverão ser responsabilizados, é claro. Já que foram cúmplices do conto do candidato russo, agora deverão arcar moralmente por ajudarem a espalhar este boato.

Originalmente de O Reacionário