No inverno costumamos dizer que “trememos de frio”, é uma expressão popular para justificar uma reação natural do corpo ao baixo nível de aquecimento. “Quando sentimos frio trememos e essa reação é uma tentativa da musculatura em produzir calor com o tremor. O que é um processo natural, pode sim piorar ou agravar as dores na coluna” explica o Dr. Adriano Scaff, neurocirurgião especialista em medicina da dor.
No inverno costumamos dizer que “trememos de frio”, é uma expressão popular para justificar uma reação natural do corpo ao baixo nível de aquecimento. “Quando sentimos frio trememos e essa reação é uma tentativa da musculatura em produzir calor com o tremor. O que é um processo natural, pode sim piorar ou agravar as dores na coluna” explica o Dr. Adriano Scaff, neurocirurgião especialista em medicina da dor.
As dores na coluna estão normalmente associadas a erros de postura e ao sedentarismo, entre outros, porém elas podem se intensificar com as baixas temperaturas do inverno. O frio aumenta a incidência de contraturas musculares que costumam levar a um quadro de dor aguda, notadamente, nas regiões lombar e cervical.
“Importante é que exista um bom trabalho de fortalecimento da região, não necessariamente em academias, mas com exercícios específicos para quem tem e mesmo para quem não tem problemas na coluna, isso deixa a região chamada paravertebral mais fortalecida e as dores tendem a ser menos frequentes.” acrescenta o especialista.
Mas não são apenas as dores na coluna que se intensificam no inverno. Pesquisas já mostraram que a dor é maior quando a temperatura ambiente está mais baixa. O frio e a umidade costumam agravar os quadros de artrite ou fibromialgia, uma doença que afeta dois milhões de brasileiros. O aumento da pressão atmosférica foi associado a maior dor em pacientes com artrite reumatoide e a umidade do ar a dor em pacientes com osteoartrite. Os estudos indicam que as dores reumáticas podem estar associadas com estas condições de temperatura e pressão, e o grau de influência depende da sensibilidade individual ao frio e à doença subjacente.
“No frio, são feitos muitos diagnósticos. Como as pessoas esperam muito para procurar ajuda e quando há um fator, como a queda na temperatura, que intensifica a dor, isso acaba dando aquele empurrão que faltava para que a pessoa busque ajuda para um problema que não se manifesta só nessas condições, mas que vinha sendo sublimado”, afirma o Dr. Adriano.
6 dicas para prevenir uma crise
O Dr. Adriano Scaff preparou uma lista com medidas simples que podem ser adotadas pelas pessoas para evitar o agravamento dos quadros de dor durante o inverno. São 6 dicas para enfrentar os dias mais frios do ano de modo mais confortável e tentar prevenir as crises:
1. Não espere a crise ficar intensa: comece a agir nos primeiros sinais.
2. Cuide bem do ambiente em que passa a maior parte do seu dia: vede as entradas de ar para que o vento gelado não passe e aproveite quando não estiver no ambiente para abrir e deixar o ar circular – importante para não pegar um vírus de gripe, por exemplo.
3. Use aquecedores. Você pode aproveitar um pouco antes de ir dormir e já aquecer o quarto.
4. Durma bem agasalhado. As extremidades são especialmente sensíveis: pés, mãos e a cabeça – um gorro pode ajudar a evitar as dores na cabeça, por exemplo. E as costas: nunca deixe descoberta.
5. Banhos quentes ajudam muito, assim como escalda-pés.
6. Evite a automedicação ou medicação em excesso.