Governo iraniano negou nesta segunda-feira (9) que teria ajudado a planejar a operação surpresa do movimento terrorista Hamas em Israel, que ocorreu neste sábado (7).
"As acusações relacionadas ao papel do Irã na ofensiva do Hamas contra Israel se baseiam em motivos políticos", declarou o porta-voz da diplomacia iraniana nesta segunda-feira, afirmando que Teerã não intervém "na tomada de decisões de outras nações, incluindo a Palestina".
Governo iraniano negou nesta segunda-feira (9) que teria ajudado a planejar a operação surpresa do movimento terrorista Hamas em Israel, que ocorreu neste sábado (7).
"As acusações relacionadas ao papel do Irã na ofensiva do Hamas contra Israel se baseiam em motivos políticos", declarou o porta-voz da diplomacia iraniana nesta segunda-feira, afirmando que Teerã não intervém "na tomada de decisões de outras nações, incluindo a Palestina".
"A resistência da nação palestina tem a capacidade, a força e a vontade necessárias para se defender, defender sua nação e tentar recuperar seus direitos perdidos", disse o porta-voz Nasser Kanani durante uma entrevista coletiva em Teerã.
De acordo com membros do alto escalão do Hamas e do Hezbollah que foram ouvidos pelo jornal americano Wall Street Journal, o governo totalitário iraniano deu sinal positivo para o ataque terrorista em uma reunião em Beirute na última segunda-feira (2). Segundo membros dessas organizações, oficiais da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã - o exército do país - trabalharam com o Hamas desde agosto para planejar as incursões aéreas, terrestres e marítimas.
Essas reuniões feitas em Beirute, capital do Líbano, serviram para detalhar as nuances da operação terrorista do Hamas. De acordo com o veículo de comunicação, Wall Street Journal, essas reuniões contaram com a presença dos membros da Guarda Revolucionária Islâmica e de quatro grupos militares apoiados pelo Irã, incluindo o Hamas, que atualmente controla a região Faixa de Gaza, e o Hezbollah, que é um grupo terrorista xiita e facção política de influência significativa no Líbano.
A República Islâmica do Irã não reconhece o Estado de Israel, e o apoio à causa palestina tem sido uma constante de sua política externa.
No sábado, centenas de pessoas comemoraram o ataque em várias cidades com bandeiras palestinas e fogos de artifício, de acordo com imagens da agência oficial, a IRNA. Em Teerã, grandes cartazes diziam que "a grande operação de libertação começou".
Durante uma sessão parlamentar, deputados iranianos entoaram gritos como "Abaixo Israel", "Abaixo Estados Unidos" e "Bem-vindos à Palestina", segundo um vídeo divulgado pela agência de notícias Tasnim.