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30/10/2017 às 19h24

Judiciário: Acusada de ter acesso aos grampos, ex-primeira-dama ameaça processar Janaína

Ocorre que a esposa do ex-prefeito Mauro Mendes (PSB) teria sido citada pela parlamentar. Em nota, Virgínia pontua que o objetivo é poder ter conhecimento das acusações feitas por Janaína
Polícia
Judiciário: Acusada de ter acesso aos grampos, ex-primeira-dama ameaça processar Janaína
Ex-primeira-dama Virgínia Mendes deve acionar na Justiça a deputada Janaína Riva (Reprodução)
A ex-primeira-dama de Cuiabá Vírginia Mendes irá ingressar, nesta segunda (30), com uma petição no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para ter acesso aos inquéritos que investigam os casos de grampos ilegais em Mato Grosso, além do depoimento prestado pela deputada estadual Janaína Riva (PMDB), que a acusou de ter tido acesso às informações e divulgado para colunistas sociais.

Ocorre que a esposa do ex-prefeito Mauro Mendes (PSB) teria sido citada pela parlamentar. Em nota, Virgínia pontua que o objetivo é poder ter conhecimento das acusações feitas por Janaína, para instrução de ações indenizatória contra a deputada.

As investigações do caso das escutas ilegais têm ocorrido em sigilo, mas as informações dão conta de que Janaina teria dito aos delegados Flávio Stringueta e Ana Cristina Feldner, que comandam as operações, que a ex-primeira-dama tinha acesso às escutas ilegais e repassava parte das informações para colunistas sociais.
O depoimento da peemedebista, que foi um dos alvos dos grampos telefônicos ilegais, também teria citado Samira Martins, ex-esposa do governador Pedro Taques (PSDB). Samira teria sido citada como a responsável por pedir que a deputada fosse grampeada.

A ex-esposa do governador faz parte das investigações e chegou a ter um mandado de condução coercitiva e de busca e apreensão indeferidos pelo desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, no final de setembro. À época, o magistrado afirmou não haver indícios suficientes que embasassem as diligências contra Samira, que é advogada.

Operação

O caso dos grampos ilegais é investigado pela Polícia Civil, que deflagrou em 27 de setembro a Operação Esdras, que culminou na prisão de oito pessoas, por supostas participações na organização criminosa que planejou o esquema.

Foram presos: o delegado Rogers Jarbas, secretário estadual de Segurança Pública (Sesp) afastado; o coronel Airton Siqueira, secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh); o coronel Evandro Lesco, ex-chefe da Casa Militar e sua esposa Helen Christy; além do advogado Paulo Taques, ex-chefe da Casa Civil; o sargento João Ricardo Soler; o empresário José Marilson; e o major Michel Ferronato, do setor de Inteligência da Sesp. As decisões das prisões foram assinadas pelo desembargador Orlando Perri, que também ordenou o cumprimento de um mandado de fixação de medidas restritivas, um de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão.