Um laudo médico divulgado na última quarta-feira (26) apontou lesões graves e irreversíveis no tronco cerebral de Ramón Alcides, que foi atropelado no último domingo (23), em frente à Valley Pub. O quadro foi informado pelo irmão da vítima, Mauro Viveiros, que, no entanto, enfatizou que isso “não é sinônimo de “morte cerebral”, e que ele “segue vivo conosco”.
Um laudo médico divulgado na última quarta-feira (26) apontou lesões graves e irreversíveis no tronco cerebral de Ramón Alcides, que foi atropelado no último domingo (23), em frente à Valley Pub. O quadro foi informado pelo irmão da vítima, Mauro Viveiros, que, no entanto, enfatizou que isso “não é sinônimo de “morte cerebral”, e que ele “segue vivo conosco”.
Segundo Mauro, Ramón “teve sérias intercorrências em seu quadro clínico, com severas elevações de sua pressão intracraniana. Após realização de exames de tomografia e ressonância magnética, foram constatadas lesões bastante significativas na estrutura cerebral dele, o que já era esperado em razão da gravidade do acidente ocorrido”.
As lesões graves no tronco cerebral ainda eram desconhecidas. Segundo Mauro, ““irreversível” significa que não há nada que a medicina humana atual possa fazer para curar os edemas encontrados. Lembro também que isso não é sinônimo de “morte cerebral”, como muitos foram levados a crer em razão de divulgação de notícias equivocadas”.
Ramón não preenche os protocolos de morte encefálica porque apresenta reflexos e atividade cerebral “embora em baixíssima proporção se comparado aos quadros clínicos considerados reversíveis”.
Mauro também pediu que as pessoas continuem com suas preces e orações “pois, nesse momento, apenas elas poderão ajudar/propiciar a cura do Ramon, que verdadeiramente precisa de um milagre que, segundo os competentes médicos assistentes, até hoje não foi por eles testemunhado”.
Entenda o caso
Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, 33, atropelou três pessoas às 5h50 da manhã do último dia 23, na Avenida Isaac Póvoas, a poucos metros da faixa de pedestre, em frente à Valley Pub. Ela passou por audiência de custódia na última segunda-feira (24), pagou R$ 9,5 mil de fiança e foi liberada.
Professora substituta da Universidade Federal de Mato Grosso, Rafaela dirigia uma caminhonete Renault Oroch. O atropelamento aconteceu no momento em que o público deixava a casa noturna. De acordo com testemunhas da colisão, o veículo estava em alta velocidade quando colidiu com o trio. Além de bater nas três vítimas, o carro conduzido por Rafaela ainda se chocou com um Gol.
O carro só foi parar após o semáforo. Imagens registradas por testemunhas e pela Polícia Civil revelam o estado em que ficou o carro após a colisão. Equipes de resgate não conseguiram salvar Myllena de Lacerda Inocencio, mas regataram as outras duas vítimas. Hya Girotto Santos foi encaminhada para o Pronto-socorro de Cuiabá. Ramon Alcides Viveiros foi transferido para o hospital particular Amecor.