04/07/2018 às 11h01
Lava Jato nas ruas: Operação tem como alvo a Secretaria Estadual de Saúde do RJ
A Operação Ressonância já é um desdobramento da ação anterior: a Fatura Exposta. Ao todo, são 13 mandados de prisão preventiva e 9 de temporária, além de 43 mandados de busca e apreensão
Brasil
Foto reprodução Web
Mais uma ação da Operação Lava Jato está nas ruas do Rio de Janeiro na manhã desta quarta-feira, dia 04. Desta vez, o alvo é a Secretaria Estadual de Saúde.
A Operação Ressonância já é um desdobramento da ação anterior: a Fatura Exposta. Ao todo, são 13 mandados de prisão preventiva e 9 de temporária, além de 43 mandados de busca e apreensão.
De acordo com as primeiras informações, os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita possuem contra si mandados de prisão. Eles já foram presos anteriormente, mas soltos por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes.
A Polícia Federal acredita que os conglomerados envolvidos no esquema que é investigado formaram cartel para direcionar compras de equipamentos médicos e manter a direção do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.
A operação tem por base a investigação do Ministério Público Federal sobre as fornecedoras de material hospitalar. Elas são suspeitas de fraudar licitação, dentre outros crimes. A investigação tem desdobramentos em São Paulo, em que mira executivos da Philips. Há busca e apreensão na sede da empresa.
Ao todo, são 37 empresas investigadas por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O ex-secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, será intimado a depor. André Loyelo, que é diretor do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, será preso temporariamente.
A primeira fase desta Operação ocorreu em abril de 2017, quando foram detidos Estellita e Iskin, além do ex-secretário de Saúde. Os desvios apurados naquele momento chegavam a soma de R$ 300 milhões entre os anos de 2016 e 2017.