Os principais nomes do PSB em Mato Grosso se reuniram na manhã de segunda-feira (26), em hotel no Centro Político Administrativo de Cuiabá, e foram uníssonos em rejeitar o deputado federal Valtenir Pereira na presidência da sigla. Eles conduziram o encontro sob o coro de “É pra lutar, é pra unir, fora Valtenir”.
Os principais nomes do PSB em Mato Grosso se reuniram na manhã de segunda-feira (26), em hotel no Centro Político Administrativo de Cuiabá, e foram uníssonos em rejeitar o deputado federal Valtenir Pereira na presidência da sigla. Eles conduziram o encontro sob o coro de “É pra lutar, é pra unir, fora Valtenir”.
Valtenir assumiu o comando do PSB após o presidente nacional Carlos Siqueira destituir toda a provisória do Estado por conta do voto favorável do deputado federal Fabio Garcia à reforma trabalhista de Michel Temer (PMDB), mesmo com a Nacional deliberando contra. Garcia, à época, era o presidente em Mato Grosso.
Fabio Garcia afirmou, no encontro, que os membros farão uma carta aberta criticando a forma como Valtenir foi conduzido ao atual cargo. Ele orientou os prefeitos e vereadores presentes que continuem buscando o diretório destituído para saber as deliberações do grupo, mantendo uma espécie de “diretório paralelo”.
Segundo o deputado, eles buscarão, ainda, informações a respeito da decisão do Tribunal Superior Eleitoral que determinou que, até 3 de agosto, os órgãos provisórios dos partidos fossem substituídos por diretórios permanentes nos âmbitos nacional, estadual e municipal.
A disputa seria feita por chapa, com votos dos filiados, o que obrigaria Valtenir a concorrer com o grupo de Garcia.
“Vou buscar o TSE para tentar entender a extensão dessa decisão de que até 3 de agosto as provisórias tem que ser transformadas em diretório definitivo. Vou abrir essa consulta e passarei aos membros. Vamos ver como fazer isso em cada município e vamos fazer encontros regionais para que possamos continuar dialogando com todos os nosso filiados. O que tenho certeza é que esse grupo vai continuar unido”, disse Garcia durante a reunião.
“A gente não pode aceitar punição de pessoas que não cometeram nenhum ato. Os deputados estaduais, o ex-prefeito Mauro Mendes, não votaram em reforma em Brasília para serem punidos. Isso é uma ilegalidade. Não existe cidadão brasileiro que pode ser punido sem cometer crime. E alguém apoiar essa ilegalidade é um verdadeiro absurdo. Isso sinaliza que não tem nada de ideológico”, afirmou.
Durante o encontro, o grupo deliberou por não sair do partido até esgotarem todas as alternativas para retirar Valtenir da presidência do PSB.
Além da consulta ao TSE, os filiados ainda têm esperanças na troca do comando do Diretório Nacional. Em outubro, serão realizadas eleições e o atual vice-presidente, Marcio França, deve concorrer com Carlos Siqueira. França está mais alinhado aos interesses do ex-prefeito Mauro Mendes.
“Essa decisão de permanecer unido no partido, de lutar pelo nosso direito no partido, tem que chegar aos nossos filiados em todo o Estado. Vamos fazer reuniões regionais para fazer que essa mensagem cheguem aos mais distintos lugares”, disse.
“É muito importante que neste momento de instabilidade, eles tenham essa tranquilidade. Ainda tem muita luta pela frente, não vamos abrir mão desse partido que construímos”, completou.