O curso Raízes espirituais do globalismo e do eurasianismo visa esclarecer, aos interessados no tema, as semelhanças e ligações evidentes entre dois blocos de poder que se colocam como opostos no ambiente do discurso. Os interessados devem entrar no grupo do Telegram dedicado ao curso, onde será disponibilizado o link de inscrição ainda nesta semana.
O curso Raízes espirituais do globalismo e do eurasianismo visa esclarecer, aos interessados no tema, as semelhanças e ligações evidentes entre dois blocos de poder que se colocam como opostos no ambiente do discurso. Os interessados devem entrar no grupo do Telegram dedicado ao curso, onde será disponibilizado o link de inscrição ainda nesta semana.
O tema é de especial relevância diante do alinhamento do governo brasileiro com a Rússia e países aliados, inseridos na conjuntura do BRICS e da defesa do “mundo multipolar”, título de importante obra do ideólogo Aleksandr Dugin, um termo já mencionado até mesmo por Lula.
Antes mesmo de ser presidente, Lula discursou no parlamento europeu, onde disse aos deputados:
“Voltaremos a ser criadores de políticas públicas capazes de mudar para melhor o nosso planeta. Acreditamos num mundo multipolar”. (grifo nosso).
O termo não tem nada de novo e se refere à utopia formada pelo conjunto de ideias de Aleksandr Dugin, ideólogo cada vez mais popular na juventude da Rússia, de países em todo o mundo. Dugin se diz contrário ao globalismo ocidental, que julga como uma consequência da ideologia liberal. De acordo com a sua Quarta Teoria Política, antes do liberalismo dominar o mundo como ideologia única, duas outras tentativas sucumbiram: socialismo e fascismo. Em síntese a essas três ideologias, liberalismo, socialismo e fascismo, Dugin propõe uma quarta, que por definição deve ser marcada pela oposição ao liberalismo hegemônico. Para isso, deve buscar os elementos úteis no socialismo e no fascismo.
No entanto, para buscar essa nova síntese que se confunde com a própria vida intelectual de Dugin, ele recorreu não apenas a elementos filosóficos e políticos, mas místicos, esotéricos e ocultistas. Coincidentemente ou não, esses elementos formam uma raiz comum tanto entre o globalismo ocidental (fruto do liberalismo, segundo ele) quanto do nazismo. Essa ligação íntima se dá principalmente por alguns nomes, como o de Helena Blavastky, cuja tese das raças-raíz influenciou tanto as razões por trás do nazismo na Alemanha, da eugenia, nos EUA, levando à moda da nova era, responsável pelo esvaziamento da tradição cristã do ocidente.
Nesse curso, pretendo esclarecer por meio da vida e obra dos nomes mais relevantes desse processo, como as ideias de Dugin representam apenas uma nova face do velho sonho globalista, inspirado originalmente no sonho gnóstico-maçônico, que pôde se encarnar politicamente tanto no ativismo da “Era de Aquário”, quanto no Terceiro Reich, culminando na sua nova faceta: o mundo multipolar.
O tema do eurasianismo passou a ocupar a minha atenção desde 2012, a partir do debate entre o prof. Olavo e Aleksandr Dugin, mas muito antes mesmo de conhecer a obra de Olavo de Carvalho, eu estava imerso em um ambiente cultural e estético que depois compreendi fazer parte de um movimento que se caracteriza por um tipo de revolução dentro da revolução, que culminava nas ideias do professor Dugin.
Ao ver conservadores em geral, até cristãos, aderindo às ideias da “nova Rússia” de Putin, ao começo da invasão da Ucrânia, passei a revisar tudo o que havia estudado sobre o assunto a fim de alertar essa parcela de pessoas sobre os verdadeiros significados do neoeurasianismo, que vão muito além da política. Pretendo apresentar uma bibliografia básica sobre o tema em cada aula, de maneira a oferecer um caminho de estudos para quem desejar amplia-lo.